Antônio era lotado na 17ª DP e foi covardemente assassinado em pleno dia 31 de dezembro (Fotos: Divulgação)
Um dos quatro criminosos que assassinaram o policial civil do DF Antônio Robério de Oliveira no dia 31 de dezembro, em Beberibe (CE), foi preso nesta terça-feira, 5, na região de Canibais, distante três quilômetros de onde ocorreu o crime. Ele estava em um grupo com outros sete bandidos que também foram detidos e mais um adolescente apreendido. Rodrigo dos Santos Firmo Costa, conhecido como “Gugu”, foi reconhecido como um dos envolvidos diretamente com o assassinato do Policial Civil do DF, Antônio. Segundo testemunhas, ele fez um dos disparos que atingiu Antônio. "Gugu" responde também por corrupção de menores, furto, roubo e por apropriar-se de coisa alheia. O bando foi encontrado durante uma operação da Polícia Civil cearense, que investiga o assassinato. Eles estavam em uma casa onde foram encontradas três armas, balaclava, euros, dólares e diversos objetos provenientes de outros roubos. Os delinquentes presos nesta terça já têm passagem policial por envolvimento com roubo e tráfico de drogas. Os outros três homens que participaram do latrocínio com “Gugu” já foram identificados.
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INVESTIGAÇÕES Um dos inspetores responsáveis pelo caso certificou que as investigações seguem como o esperado e atestou que a Polícia Civil local já está em campo tentando capturar os outros marginais. “Estamos prestando toda a assistência para que solucionemos a ocorrência envolvendo nosso colega policial. Temos o cuidado para dar uma resposta à sociedade e resolver tudo o mais rápido possível”, afirma Brandão, inspetor da Polícia Civil do Ceará. O presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco, o Gaúcho, demonstrou satisfação com o empenho dos colegas cearenses em resolver o caso, elogiando o trabalho do grupo. "Quando um policial é morto, toda a sociedade e a democracia são atingidos. A prisão é uma resposta. O policial é a figura que delimita o espaço entre o bem e o mal. Quando ele é vítima de um crime como esse, a mensagem enviada pelos bandidos à sociedade é a de que não se deve respeito a ninguém. Só temos a agradecer aos colegas cearenses e aguardar para que nas próximas horas os demais envolvidos também paguem por essa brutalidade", afirma.
ASSISTÊNCIA O Sinpol-DF tem acompanhado o caso de perto desde que o crime foi comunicado. O sindicato enviou um diretor e um agente de polícia lotado na 17ª DP e Chefe da SIC-VIO da unidade, onde Antônio também era lotado, para acompanhar os trâmites das cerimônias fúnebres, bem como prestar solidariedade aos familiares. A diretoria também se inteirou das investigações e, em contato com a Direção Geral da PCDF, conseguiu a liberação de uma equipe de policiais civis para auxiliar nos trabalhos. A Polícia Civil do Ceará, contudo, preferiu manter as investigações por conta própria. Antônio foi sepultado na cidade de Iguatu, a cerca de 360km de Fortaleza, onde pretendia voltar a morar quando se aposentasse. O policial civil era lotado na 17ª DP e estava de férias com a esposa e o filho, um garoto de apenas três anos, na casa de um amigo com mais quatro famílias. O clima de celebração foi interrompido pelos quatro bandidos que invadiram o local para cometer um roubo. Ao realizar um ato de bravura e tentar defender a família, Antônio foi atingido por dois tiros na região cervical. O fato ocorreu na presença do grupo, inclusive do filho. Embora tenha sido socorrido, ele não resistiu e morreu logo depois de chegar ao hospital.
*Matéria atualizada às 10h30 de 07/01 para correção do nome do homem envolvido no assassinato do policial civil do DF
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