Da Comunicação Sinpol-DF Representantes sindicais e demais policiais civis do DF reuniram-se com a diretoria do Sinpol-DF na tarde desta quinta, 8 de dezembro, para discutir questões relacionadas à Reforma da Previdência e à operação “PCDF Legal”. Os diretores apresentaram um panorama da atuação em defesa da aposentadoria policial nos últimos dias, lembrando que esse assunto vem sendo acompanhado pelo sindicato desde antes da apresentação da PEC pelo governo federal. Tão logo o texto foi apresentado, a Assessoria Jurídica do Sinpol-DF o analisou e emitiu um parecer. O documento pode ser lido
aqui. Em outra via de atuação, o Sinpol-DF se juntou às entidades representativas da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Legislativa e das carreiras do sistema penitenciário para trabalhar pela exclusão dos policiais da proposta de Reforma da Previdência apresentada. O grupo de dirigentes dessas entidades tem buscado o apoio de deputados federais e pressionado ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, a recebê-los para discutir o assunto e chegar a uma solução que mantenha garantidos os direitos desses servidores. “Nós estamos unidos com todas essas entidades e, nos próximos dias, deveremos fazer manifestações em conjunto. Essa reforma é muito dura e atinge a todos. Nossa atuação é no sentido de manter a aposentadoria como está hoje”, assegurou Rodrigo Franco “Gaúcho”, presidente do Sinpol-DF. Nesse sentido, o secretário-geral do Sinpol-DF, Paulo Sousa, reiterou a necessidade de os policiais manterem-se atentos e mobilizados contra essa reforma, a fim de lutarem pela manutenção dos seus direitos. “Esse é um projeto que precisa ser combatido, pois ele acaba com cada um de nós. Temos que levar essa mensagem ao nosso colega, porque o que esperamos é tirar a Polícia Civil, a PF, a PRF e o sistema prisional dessa PEC”, acrescentou Paulo. Os diretores lembraram, ainda, que o estudo de expectativa de vida dos policiais desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) tem importância fundamental nessa discussão. A pesquisa é financiada por um consórcio formado pelo Sinpol-DF, Fenapef e FenaPRF. A previsão é de que ele seja concluído em fevereiro do ano que vem e servirá de embasamento na discussão e defesa da aposentadoria especial dos policiais.
PCDF LEGAL As negociações com o Governo do Distrito Federal pela manutenção da isonomia com a Polícia Federal também entrou na pauta da reunião. Os diretores informaram que embora os deputados distritais que apoiam a causa estejam pressionando o governador Rodrigo Rollemberg, ele se mantém intransigente. “O governo está empurrando essa negociação. Mas não podemos “jogar a toalha”. A paridade será alvo de luta, sempre. Temos trabalhado na Câmara Legislativa, mas ainda não temos boas perspectivas. A nossa percepção é de que o GDF está esperando o ano virar”, frisou Gaúcho. Por isso, ressaltou ele, é importante que a categoria se mantenha firme na operação “PCDF Legal”. “Esse é um movimento longo. Mas ele tem dado certo. Já são cinco meses e temos resultados: os inquéritos relatados baixaram de 1.900 para 800. Os flagrantes variavam entre 300 a 500 por mês e, desde a operação, foram reduzidos a 80/90”, afirmou o presidente do Sinpol-DF. Ainda nesse aspecto, diretores e representantes debateram sobre as retaliações ao movimento e qual deve ser a postura da categoria nessas situações. A diretoria informou que o calendário de visitas às delegacias como estratégia para manter fortalecida a adesão à "PCDF Legal", além de dialogar com a categoria sobre o assunto, será retomado tão logo as questões referentes à Reforma da Previdência, que se impuseram mais urgentes, acalmem-se.