Os representantes discutiram a próxima AGE e novas ações de mobilização (Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)
Da Comunicação Sinpol-DF A diretoria do Sinpol-DF e os representantes sindicais se reuniram na última terça, 28, para discutir as propostas de ações de mobilização da categoria diante da resistência do governador Rodrigo Rollemberg em enviar ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) a mensagem que mantém a isonomia com a Polícia Federal (PF). O grupo também traçou a pauta da
Assembleia Geral Extraordinária (AGE), convoca pelo Sindicato para a tarde desta quinta, 30, na Praça do Buriti, em Brasília. No início da reunião, o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco “Gaúcho”, apresentou um panorama da
reunião com Rollemberg ocorrida na última segunda, 27. Na ocasião, o governador recuou da promessa que havia feito à categoria anteriormente e impôs novas condições para o envio da mensagem.
Gaúcho relatou aos presentes o que foi colocado pelo governador Rodrigo Rollemberg na reunião de segunda
Antes, ele insistia em aguardar a chancela do acordo com a PF pela Casa Civil da Presidência da República – ainda que o Sinpol-DF tenha colocado à mesa, por diversas vezes, que isso atrasará o acordo com os policiais civis. Agora, Rodrigo Rollemberg também quer que os policiais civis aguardem o julgamento de uma ação do Tribunal de Contas da União (TCU) referente ao recolhimento da contribuição previdenciária dos servidores que recebem pelo Fundo Constitucional – se o Governo do Distrito Federal (GDF) perder a causa, pode ter que devolver ao governo federal cerca de R$ 2 bilhões.
SEM HORIZONTE
No encontro com o Sinpol-DF, Rollemberg colocou novos empecilhos para a manutenção da isonomia com a PF
“Até aqui, o diálogo vinha acontecendo. Havia uma sinalização, uma promessa; mas, agora, nem um horizonte nós temos”, lamentou Rodrigo Franco “Gaúcho” sobre a atuação dos policiais civis. “Está mais claro do que nunca que a intenção do GDF é protelar ou até mesmo não encaminhar nossa mensagem, ao impor a cada dia novas condições. Isso é inadmissível”. Ele ressaltou a grande expectativa da categoria com uma proposta de recuperação das perdas salariais – que tem se acumulando e corroído a renda dos policiais civis – e lançou o debate sobre as possíveis estratégias a serem adotadas para pressionar o GDF. A diretoria também discutiu com os representantes as propostas sem impacto financeiro que estagnaram na Direção Geral da Polícia Civil do DF (PCDF), como a atualização das atribuições e o concurso de remoções. O presidente da Associação Geral dos Servidores da Polícia Civil do DF (Agepol), Francisco “D’Sousa”, reiterou sua confiança no Sinpol-DF para obter vitória nas reivindicações e salientou a importância da mobilização dos policiais civis. “Nós precisamos estar juntos. O que reflete para o governo é a presença de cada policial na assembleia”, propôs.
ASSEMBLEIA
Os representantes votaram pela pauta da AGE, que ocorre no Buriti
Além desses pontos, os representantes sindicais, baseados nas discussões com os policiais civis em cada unidade, também sugeriram novas frentes de atuação do Sindicato para a conjuntura que começa a se desenhar. Por maioria ampla de votos, ficou deliberado que a Assembleia Geral Extraordinária ocorrerá nesta quinta, 30, às 14h, na Praça do Buriti. Na pauta, serão discutidas a recuperação das perdas salariais, o início da operação “Polícia Civil Legal” e assuntos gerais. “Gaúcho” destacou a importância da união da categoria nas mobilizações que vêm pela frente. “É preciso que, mais do que nunca, estejamos unidos, mobilizados, nesse momento de grandes dúvidas para nós”, reforçou Gaúcho.
OPERAÇÃO POLÍCIA LEGAL
Foram discutidas também ações para a primeira fase de uma possível Operação Polícia Civil Legal
É de conhecimento público o sucateamento pelo qual passa a Polícia Civil. As condições de trabalho estão aquém do necessário, o efetivo está reduzido, há sobrecarga de trabalho e aumento do adoecimento dos servidores. O compromisso da categoria com a sociedade vem gerando recordes de prisões e apreensões de armas, drogas e criminosos. Contudo, no momento da contrapartida do Governo, ele tem se recusado a dialogar. Dessa forma, a ideia é que os policiais passem a trabalhar dentro da estrita legalidade, cada cargo e servidor cumprindo seu papel na estrutura da Instituição. “Haverá uma quebra de paradigmas e de uma tradição em que todo mundo faz tudo dentro da Polícia. A partir do início da Operação PCDF LEGAL, cada servidor cumprirá a sua atribuição legal”, anunciou Gaúcho.
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