Auditoria encontra indícios de irregularidades nas contas da gestão passada
Categoria presente no audirório do IESB
Em assembleia realizada na tarde da última quinta-feira, 26, o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) apresentou aos filiados os resultados da auditoria realizada nas contas do período 2013/2014, referentes à gestão anterior.
A realização desse procedimento, de acordo com Rodrigo Franco, presidente do Sinpol-DF, além de ter sido uma promessa de campanha da atual gestão, foi chancelado pela categoria, que já havia rejeitado as contas quando elas foram apresentadas, em maio do ano passado. “Houve um trabalho bastante criterioso cujo resultado vai nos dar embasamento para decisões futuras, além de outros desdobramentos”, disse.
Dr. Henrique Cavalcante, escritório Russomano
Os dados foram apresentados pelo advogado Henrique Cavalcante, do escritório Russomano Advogados Associados, que foi contratado pelo Sinpol para prestar assessoria jurídica nessa questão e auxiliar o sindicato na contratação da BDO RCS Brazil, empresa de auditoria que avaliou as contas.
Segundo ele, o relatório contábil apresentado pela gestão passada não refletia a situação real do Sinpol. “A situação real é que, se fosse uma empresa, o Sinpol [naquela época] beirava a falência”, afirmou.
A auditoria foi realizada nas contas de um período de dezesseis meses – de janeiro de 2013 a abril de 2014. Foram encontrados indícios de irregularidades no fluxo de caixa, na contabilização de receitas e despesas, na contabilização de patrimônio, no recolhimento de tributos e na comprovação de gastos realizados com recursos do sindicato. Ou seja: havia um descontrole nas contas do Sinpol, conforme definiu Henrique Cavalcante. “O escritório encontrou indícios gravíssimos de irregularidades”, completou.
RECOMENDAÇÕES
Diante desse cenário, o escritório Russomano Advogados Associados fez algumas recomendações à atual diretoria do Sinpol, entre elas, que seja ajuizada uma ação de prestação de contas contra a diretoria anterior e que seja movida uma ação judicial de responsabilização do administrador das contas do sindicato àquela época.
A BDO, empresa que fez a auditoria, também fez recomendações ao Sinpol. Segundo o representante, o sindicato pode fazer uma auditoria no período anterior ao já analisado, especialmente em questões relacionadas a tributos, principalmente entre os anos de 2010 a 2012; reforçar, ainda mais, as ações de controle interno e, por fim, a partir de agora, não fechar mais nenhum balanço sem o aval de um auditor independente.
Vice-presidente, Renato Rincón
O relatório completo possui 53 páginas e é resultado de mais de mil horas de trabalho dos auditores. “Analisamos 16 meses, mas se formos auditar os últimos cinco anos, o problema pode ser ainda maior. É a primeira vez que o Sinpol realiza um trabalho dessa magnitude. Essa será a marca da nossa gestão: a da transparência com os gastos da entidade”, afirmou Renato Rincon, vice-presidente do sindicato.
Outro indício grave de irregularidade está relacionado aos pagamentos do Sinpol à empresa Simões e Costa, que se apresentou como suposta intermediadora entre o sindicato e a Amil para captar beneficiários para o plano de saúde. Já há, inclusive, um processo na Justiça tratando dessa questão.
Presidente, Rodrigo Gaúcho
Gaúcho, porém, tranquilizou os colegas presentes na reunião ressaltando que a situação das contas, na gestão atual, é positiva. “Garanto que todos os procedimentos adotados por nós seguem a legislação. A situação, hoje, é outra: conseguimos quitar as dívidas e temos saldo positivo no banco. Tenham certeza que a diretoria atual está tratando bem o dinheiro”, afirmou o atual presidente do Sinpol.
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