Mês da Mulher: conheça seis mulheres pioneiras para o legado feminino na PCDF
O Dia Internacional da Mulher inspira reflexão sobre a trajetória feminina na sociedade e a busca por igualdade e reconhecimento. No âmbito da segurança pública, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) tem em sua história mulheres que desafiaram barreiras e abriram caminhos para novas gerações.
Neste recorte, o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) destaca seis pioneiras que contribuíram para o legado feminino na Instituição e na liderança sindical no âmbito da PCDF.
Ameluiza Leal dos Reis – Primeira mulher policial civil do DF (1960)
Natural do Piauí e criada no interior paulista, Ameluiza Leal dos Reis ingressou na PCDF aos 24 anos, na década de 60, tornando-se a primeira mulher a integrar a instituição. Em um ambiente dominado por homens, ela enfrentou resistências, inclusive de sua própria família, mas seguiu determinada.
Trabalhou por três décadas na 12ª Delegacia de Polícia e construiu uma carreira exemplar. Seu pioneirismo e dedicação foram reconhecidos pelo Sinpol-DF, que, em 2018, prestou-lhe uma homenagem, destacando sua trajetória e contribuição para a instituição.
"Só tinha homem, minha família não queria. Mas era meu caminho e eu não escolheria outra profissão. Graças a Deus, agora temos muitas policiais civis", disse a veterana na ocasião.
Mailine Alvarenga – Primeira mulher a liderar a PCDF (2011)
Nascida em Belo Horizonte e criada em Brasília, Mailine Alvarenga sonhava com a carreira jurídica, mas encontrou sua paixão na Polícia Civil. Ingressou na PCDF em 1988 e, em 2011, tornou-se a primeira mulher a ocupar o cargo de Diretora-Geral da Instituição.
"Não permita desrespeito e menosprezo a sua condição de mulher. Nunca desista; seja protagonista; tenha espírito de equipe; assuma a sua responsabilidade e busque inovação", aconselhou durante um vídeo gravado pela PCDF para a Semana Internacional da Mulher, em 2024.
Adriane Correia de Freitas – Primeira mulher piloto da Divisão de Operações Aéreas da PCDF (2012)
Agente da PCDF desde 1989, Adriane Correia de Freitas não imaginava que se tornaria piloto. A paixão pela aviação surgiu no percurso e, em 2012, ela quebrou barreiras ao integrar o quadro de pilotos da Divisão de Operações Aéreas.
"Diversas vezes eu pensei que não ia dar conta, mas meus colegas me ajudaram, sacudi a poeira e continuei", compartilhou em uma reportagem concedida ao G1.
Graziela Ramalho – Primeira mulher no Curso de Operações Policiais Especiais (2013)
Desde que ingressou na PCDF em 2010, Graziela Ramalho tinha um objetivo: participar do Curso de Operações Policiais Especiais. Ela concluiu a capacitação em 2013, superando desafios que exigiam preparo físico e emocional.
"As exigências eram sempre na mesma medida e proporção, não havia nenhuma distinção por ser mulher. Apesar de ser desafiador, achei importante ser tratada de forma igual", destacou à época ao Jornal de Brasília.
Cláudia Alcântara - Primeira mulher presidente do Sindepo-DF (2022)
Com mais de 30 anos de carreira, Cláudia Alcântara trilhou uma jornada marcada por importantes cargos dentro da PCDF, incluindo a Direção da Academia de Polícia e a Corregedoria-Geral. Em 2022, tornou-se a primeira mulher a presidir o Sindicato dos Delegados de Polícia do DF (Sindepo-DF).
"Eu gosto de lutar pelas causas que acredito serem justas. Tem várias que precisamos conquistar. Acredito que quem quer, faz", afirmou em entrevista ao Blog do Elijonas Maia.
Luana de Ávila - Primeira mulher a presidir o Sinpol-DF interinamente (2024)
Secretária-geral do Sinpol-DF e vice-presidente em exercício, Luana de Ávila foi pioneira ao assumir interinamente a presidência da entidade em abril de 2024. Atuante na defesa dos direitos dos policiais civis, ela se dedica a ampliar a voz da categoria por meio de ações estratégicas em conjunto com os demais diretores da entidade.
"Estamos presentes em espaços antes inacessíveis e entregamos resultados com excelência. Enfrentamos desafios diários, às vezes em jornada mais que dupla. A nossa participação na sociedade não é apenas cor-de-rosa", pontuou ela durante seu discurso na solenidade em homenagem ao aniversário do Sinpol-DF.
Neste Dia Internacional da Mulher, trajetórias inspiradoras como as destacadas acima reafirmam a importância da presença feminina na segurança pública e reforçam que a luta por espaço e reconhecimento segue viva. Que as conquistas dessas mulheres sirvam de incentivo para tantas outras que desejam trilhar esse caminho.
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