Da Assessoria de Imprensa
Brasília, 06 de junho de 2017 – A situação da Segurança Pública do Distrito Federal está, de fato, insustentável. Diariamente somos surpreendidos com notícias que mostram o quanto a população brasiliense está exposta à ação de bandidos, que, por sua vez, desafiam a polícia e o poder público com crimes cada vez mais ousados e complexos.
A explosão de caixas eletrônicos, por exemplo, antes tão distante da nossa realidade, nesta terça, 6, voltou a ocorrer na cidade – atingindo uma agência da Caixa Econômica Federal na quadra 915 da Asa Sul. Nos últimos anos, ocorrências como esta têm crescido como nunca antes, justamente quando temos à frente do GDF o governador Rodrigo Rollemberg (PSB).
Na fuga, os criminosos abandonaram e incendiaram um dos veículos utilizados no roubo no Setor de Embaixadas Sul. Felizmente, nenhuma pessoa do corpo diplomático das quase 200 representações estrangeiras foi vitimada.
Não é coincidência que essa escalada da violência ocorra enquanto temos no Buriti um gestor que se recusa a enxergar a Segurança Pública como prioridade e, reiteradamente, deixa esse posicionamento claro: quando se abstêm, por exemplo, do diálogo com os policiais civis do Distrito Federal – essenciais na prevenção e no combate a esse tipo de crime.
Além do enfrentamento à criminalidade, a categoria tem sido obrigada a lidar com as consequências de uma evidente desvalorização por parte do governo distrital. Isso mostra, com clareza, as causas do sucateamento da Segurança Pública, que diariamente nós, do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), temos denunciado.
Não há política pública que valorize o esforço e a competência dos nossos profissionais, não se busca solução para resolver o problema da recomposição das perdas inflacionárias e não há preocupação em aumentar o efetivo para atender a população da maneira que merece.
Enquanto isso, presenciamos o desvio de verbas do Fundo Constitucional do DF para outras áreas do governo, o que tem gerado sérios problemas quanto às condições de trabalho, além do enorme déficit de pessoal na Polícia Civil do DF. A consequência é a impossibilidade de os policiais civis investigarem todos os crimes no volume em que têm ocorrido, resultando, então, na impunidade e o aumento da criminalidade.
Se o governador não mudar sua postura de resistência ao diálogo e de não dar a devida atenção à nossa segurança, os crimes tenderão a aumentar e o cidadão de bem não terá de volta a tranquilidade que já foi marca de Brasília, mas hoje parece ser uma realidade distante.
Até quando não seremos ouvidos?
Sinpol-DF
Juntos Somos Fortes
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