Da Assessoria de Imprensa
Brasília, 20 de abril de 2017 – “Policiais civis: há 57 anos garantindo a segurança da nossa cidade” é um dos slogans que já podem ser vistos pelas ruas do Distrito Federal, em outdoors que integram a mais recente campanha publicitária do Sinpol-DF para promover a valorização da categoria.
A ação faz referência ao dia 21 de abril, quando Brasília completa 57 anos, destacando também o Dia do Policial Civil, comemorado na mesma data.
As peças publicitárias trazem um policial civil em destaque e, ao fundo, um grupo formado por dezenas de outros profissionais. A ideia é mostrar o policial na linha de frente – como defensor dos demais.
Dois grandes painéis de LED com o anúncio do Sinpol-DF podem ser vistos nas proximidades do viaduto Airton Sena, sentido Estrutural, e do Hangar 5, em frente ao estacionamento do Centro Comercial Gilberto Salomão, no Lago Sul.
Também foram espalhados, por diversas regiões administrativas, 16 frontlights (espécie de outdoor com impressão em lona e iluminação frontal) e cinco triedros (outdoors com mecanismo semelhante às persianas para revezamento de três anúncios). No total serão 23 outdoors espalhados pela capital federal.
A campanha teve um custo de cerca de R$53.000,00 (cinquenta e três mil reais), custeados pelo fundo de mobilização e valorização profissional do sindicato.
Em todos esses meios, o Sindicato busca ressaltar a necessidade de reconhecimento dos policiais civis – que atuam na linha de frente da aplicação da justiça e do combate à criminalidade, apesar de não encontrarem no Governo do Distrito Federal (GDF) o suporte para o pleno desenvolvimento das suas atividades.
As autoridades públicas também fazem parte do público-alvo da campanha, uma vez que a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) sofre, há anos, com um crescente sucateamento, gerado pela redução dos investimentos, perdas salariais, falta de efetivo e frequente retirada de recursos.
Uma dura realidade é que apenas o Sindicato tem investido em campanhas publicitárias de valorização e reconhecimento da atividade policial civil. É perceptível que outros órgãos da Segurança Pública estão produzindo campanhas informativas com recursos públicos. A própria Secretaria de Segurança só destaca em suas campanhas os outros órgãos da estrutura, como se a Polícia Civil não tivesse nenhuma importância para o segmento. É uma grave falha e engano. Talvez seja esse um dos motivos da grave crise de violência que temos passado na Capital.
CENÁRIO
Atualmente, a PCDF conta com o mesmo efetivo que tinha em 1993, quando a população brasiliense era três vezes menor. A instituição, hoje, funciona com um déficit de pessoal próximo aos 50%, mas essa não é a única estatística negativa comprometendo o trabalho dos policiais civis.
Há sete anos, esses profissionais, assim como o restante dos brasileiros, têm sentido os efeitos do aumento da inflação e consequente crescimento dos custos de vida. No entanto, diferente de todas as demais carreiras públicas tanto da União quanto do Distrito Federal, os policiais civis do DF formam a única categoria que não passou por reestruturação salarial.
Também acompanhando a elevação dos preços, o reajuste do salário mínimo, no mesmo período, foi superior a 60%. Já os policiais civis, sem reajustes, viram seu poder de comprar cair pela metade em função das perdas inflacionárias.
É um quadro sério de desvalorização – agravado, sobretudo nos últimos meses, em função da resistência do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) em manter o compromisso firmado com a sustentação da paridade entre a PCDF e a Polícia Federal (PF).
“Historicamente, há mais de 30 anos, temos isonomia salarial com Polícia Federal, que é uma isonomia acima de tudo legal. Mas, apesar de já ter se posicionado a favor do pleito, na prática, o governo atual tem trazido somente sucessivas demonstrações de desrespeito, mantendo as negociações estagnadas, e, a cada dia, agravando ainda mais a defasagem salarial dos policiais civis”, explica Rodrigo Franco “Gaúcho”, presidente do Sinpol-DF.
Sobre o Sinpol-DF – Fundado em 1988, o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal representa agentes de polícia, médicos legistas, peritos criminais, escrivães, agentes policiais de custódia e papiloscopistas na defesa dos interesses de classe e no relacionamento com governos Distrital e Federal, e com a Câmara Legislativa do Distrito Federal e o Congresso Nacional. A atual diretoria assumiu em maio de 2014 e teve seu presidente, Rodrigo Franco, reeleito, no último mês de março, para comandar a entidade no próximo triênio (2017-2020). Entre os principais pleitos estão: a valorização profissional, a reestruturação da carreira e o, recém adquirido, reconhecimento de todos os cargos que compõem a carreira de Polícia Civil como de nível superior.
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