Em Assembleia Geral Extraordinária na tarde desta quinta-feira 1º de setembro, convocada pelo Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), os policiais civis rejeitaram por unanimidade a proposta de reajuste salarial apresentada pelo Governo do Distrito Federal. A nova proposição apresentou recuos na negociação em vez de avanços. Cerca de 4 mil policiais estiveram presente na AGE, que aconteceu na Praça do Buriti.
Os policiais civis deliberaram algumas ações:
– Manutenção da PCDF Legal até terça-feira, 6, com ampliação da cartilha;
– Ampliação do comando de greve, com a criação de um grupo de aposentados e policiais da ativa que são representantes sindicais para, em uma comitiva, visitarem as delegacias reforçando com os colegas as orientações da cartilha;
– Elaboração de um ofício cobrando a publicação das atribuições e do concurso de remoções;
– Ocorrências serão entregues apenas após homologação dos delegados;
– O Instituto de Identificação e o Instituto de Criminalista vão realizar apenas as perícias agendadas;
– Todos os cursos de treinamento e da Academia serão realizados apenas no horário de trabalho;
– Um ofício será enviado à direção geral da PCDF exigindo o fechamento dos Postos de Identificação que não tenham o mínimo de três papiloscopistas;
– Assembleia na próxima terça, 6, no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) com a realização de uma caminhada até o congresso. Lá, serão fincadas no gramado mais de mil cruzes que representam o número de mortes no DF durante o mandato do governador Rodrigo Rollemberg.
Depois da assembleia, os 4 mil policiais que compareceram fizeram uma manifestação no Palácio do Buriti queimando um caixão que simboliza a morte da política de Segurança Pública do DF.
PROPOSTA RECUSADA
O GDF propôs 0% de aumento em 2017, 8% em 2018, 7% em 2019, 8% em 2020 e, por fim, 10% em 2021. “Esses 33% em seis anos quebra a paridade da PCDF com a Polícia Federal, tanto em índices como em datas, e está mais distante dos anseios dos policiais civis do que as propostas anteriores, onde previa um aumento já no segundo semestre de 2017”, avaliou Rodrigo Franco “Gaúcho”, presidente do Sinpol.
A Procuradora do MPDFT Maria Rosynete de Oliveira Lima orientou que o governo volte a estudar uma nova proposta de reajuste salarial que mantenha a paridade entre as duas forças de segurança.
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