Além da Operação Drácon, que investiga distritais em um suposto esquema de corrupção, outra ação de policiais civis do DF investiga desvios de recursos da saúde. A Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco) deflagrou, nesta quinta-feira 1° de setembro, uma operação para desarticular um esquema criminoso envolvendo cartel formado por hospitais, médicos e empresas fornecedoras de órteses, próteses e materiais especiais. Os policiais civis cumpriram 21 mandatos de busca e apreensão, prenderam treze pessoas e apreenderam R$ 500 mil.

Para o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), o dinheiro da corrupção são recursos que poderiam ser investidos na melhoria dos serviços públicos para a sociedade brasiliense. Passando, inclusive, pela valorização dos policiais civis.

“Através dessas ações, a gente demonstra que, se há falta de dinheiro para as reivindicações da categoria, é também por conta da corrupção”, avalia Rodrigo Franco, presidente do Sinpol.

Os policiais civis cobram do Governo do Distrito Federal a manutenção da paridade salarial com a Polícia Federal, questão jurídica e legal de mais de 30 anos que agora está ameaçada pela atual gestão. “Apesar de mobilizados com a operação PCDF Legal, os policiais civis estiveram na linha de frente dessas duas operações de combate à corrupção por entenderem que a população estava sendo gravemente prejudicada”, comentou Franco.

“Esperamos que esses novos fatos sirvam para mostrar ao governador que a recomposição das perdas que pedimos não é apenas para honrar um compromisso assumido por ele em campanha, mas para reconhecer o trabalho que desempenhamos para o Distrito Federal. Porque, até o momento, no lugar de reconhecimento, temos que lidar com defasagem salarial e sucateamento da PCDF”, encerra o presidente o Sinpol-DF.

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