A integridade dos agentes é uma preocupação do Sinpol-DF. A entidade faz o alerta para que as autoridades locais busquem soluções
Brasília, 9 de junho de 2015 – Mais um caso de confronto envolvendo agentes da Polícia Civil e populares foi registrado. A situação preocupa o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) que continua alertando para as condições de trabalho dentro e fora das delegacias.
O ocorrido foi em Sobradinho 2, na última quarta-feira (3), quando quatro agentes, durante uma investigação de tráfico de drogas, efetuaram a prisão de dois adultos e apreenderam um menor. Para impedir a ação dos agentes, os populares se colocaram contra os policiais e tentaram pegar as armas. A chegada do reforço garantiu que a operação fosse realizada, sem graves consequências.
“A criminalidade segue avançando e a Polícia Civil está deixando de ser uma referência para a população. Os criminosos não temem mais as forças de segurança pública. É um quadro preocupante e o governo precisa agir o quanto antes”, alerta Rodrigo Franco, presidente do Sinpol-DF.
O baixo efetivo afasta a Polícia Civil do cidadão e o cenário de falência na segurança pública continua crescendo. Dentro das delegacias, com poucos agentes, a espera por atendimento pode chegar a três horas. Outro problema é o acúmulo de inquéritos – o sindicato estima que são mais de um milhão de ocorrências na fila de investigação.
QUADRO DA PCDF
Na última sexta-feira (5), o governador Rodrigo Rollemberg anunciou a nomeação de 48 aprovados no último concurso da Polícia Civil, que foi realizado em 2013. Não foi divulgado nenhum cronograma e, para ser oficial, a decisão deve ser publicada no Diário Oficial do DF.
“O número divulgado pelo governador está muito abaixo do que o DF precisa. O déficit no quadro da PCDF chega a quase 50%. Não deveria haver limites orçamentários como diz o GDF, pois, os recursos para a segurança pública são de origem federal com o Fundo Constitucional. Este não entra na lei de responsabilidade fiscal”, alerta Rodrigo Franco.
O Sinpol-DF também aguarda o quanto antes a volta de 200 agentes policiais de custódia que estão lotados na Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), órgão ligado à Secretaria de Justiça, e que cuida dos presídios do DF.
Como a Polícia Civil não administra mais os presídios, os agentes devem voltar para a corporação e trabalhar na carceragem e nas escoltas de presos, onde também há uma defasagem gigantesca de policiais. Segundo determinação em lei, o prazo de 180 dias para reintegração dos policiais acaba no dia 28 de junho.
De acordo com Rodrigo Franco, o governo deve atuar para garantir a volta desses profissionais. “É necessário garantir a apresentação deles no órgão de origem. Há uma necessidade imensa deles aqui”, ressalta.
SOBRE O SINPOL-DF
Fundado em 1988, o Sindicado da Polícia Civil do Distrito Federal representa agentes de polícia, médicos legistas, peritos criminais, escrivães, agentes penitenciários, papiloscopistas e delegados na defesa dos interesses de classe e no relacionamento com governos Distrital e Federal, e com a Câmara Legislativa do Distrito Federal e o Congresso Nacional. A nova diretoria assumiu em maio de 2014 e entre os principais pleitos estão: a valorização profissional, a reestruturação da carreira e o reconhecimento definitivo de todos os cargos que compõem a carreira de Polícia Civil como de nível superior.
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