Da Comunicação Sinpol-DF
Na última sexta, 6, centenas de policiais civis se reuniram para comemorar mais um aniversário do Sinpol-DF. Além dos 31 anos da entidade, o Dia do Escrivão de Polícia e o Dia do Agente de Polícia, celebrados respectivamente em 5 e 30 de novembro, também foram festejados no evento, realizado no clube da Associação Geral dos Servidores da Polícia Civil do Distrito Federal (Agepol). Veja galeria de fotos acima
A programação foi iniciada ainda durante a manhã, com uma Sessão Solene da Câmara Legislativa do DF (CLDF). A solenidade foi promovida no local pelo gabinete do deputado distrital Claudio Abrantes (PDT) e homenageou os policiais civis que se aposentaram ao longo deste ano.
“Quero deixar aqui o meu reconhecimento aos agentes de polícia, que formam a carreira mais numerosa da Polícia Civil e contribuem e muito para a elucidação dos crimes de toda natureza”, parabenizou o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco “Gaúcho”, também integrante do cargo. “Eu sei bem a excelência do trabalho dos escrivães de polícia e tenho muito orgulho de parabenizar também esses colegas”, acrescentou.
“Estamos aqui olhando para o nosso passado, para aqueles que construíram o sustentáculo da Polícia Civil do DF, tão respeitada país a fora”, afirmou Abrantes ao abrir o momento de homenagem aos aposentados.
“É bem verdade que a instituição foi também muito desrespeitada por vários governantes, mas o nosso olhar hoje deve se voltar aqueles que deixaram o seu legado. Temos que reverenciá-los, fazendo com que esses policiais se sintam abrigados por seus pares, mas também pelo poder público”, completou o distrital.
RECONHECIMENTO
“Fico muito feliz de ver aqui tantos colegas alcançado o mérito de se aposentaram na gloriosa Polícia Civil do Distrito Federal”, resumiu o diretor de Assuntos de Aposentados e Pensionistas do Sinpol-DF, José Carlos Saraiva. “Há os que questionam a realização desses momentos de homenagem, mas a importância é imensa”, garantiu Alex Galvão, diretor do sindicato e vice-presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol).
Ele provou o ponto relatando o que presenciou no velório do policial gebiano Manoelzinho, em novembro do ano passado. “Na casa dele, eu vi várias fotos dele na Polícia e de homenagens que recebeu da Câmara Legislativa e da Administração de Brazlândia, por exemplo. O tempo passa, mas as lembranças ficam e é muito evidente que são de extrema importância”, justificou.
A mesma opinião foi manifestada pela agente de polícia aposentada Elcimar Soares – uma das homenageadas na sessão solene. Ela atuou 24 anos na Polícia Civil do DF (PCDF) e conta que, ao longo desse período, não viu os policiais serem devidamente reconhecidos. “Se a instituição é considerada uma grande referência é por conta dos servidores”, ressaltou.
“Os sacrifícios são diários e o nível de doação de cada policial à instituição e de entrega à comunidade é muito grande, mas, quando saímos, o sentimento é de que somos só um número”, lamentou. “Como a PCDF não tem esse cuidado, é muito bom que o sindicato tome as vezes. Isso mostra que alguém viu o que foi feito e, de alguma forma, materializa o reconhecimento para a posteridade”, afirmou a agente de polícia.
ANIVERSÁRIO
Ainda durante a solenidade, Gaúcho fez um histórico dos principais momentos de luta do Sinpol-DF nessas mais de três décadas de existência. “Foi graças a essa luta no passado e à luta dos aposentados e servidores da ativa, nos últimos anos, que tivemos a força para impedir um novo mandato do governo anterior”, exemplificou.
“Hoje temos interlocução junto ao Governo do Distrito Federal, ao secretariado e à Direção Geral da Polícia Civil, e já conseguimos diversos avanços”, ressaltou o presidente do Sinpol-DF. “É verdade que ainda não conseguimos a nossa recomposição salarial, mas isso se deu por outros fatores. Nós temos lutado desde o primeiro dia e iremos lutar até o último dia da nossa gestão”, assegurou Gaúcho.
“Todos que conhecem a história do Sinpol sabem que, nesses 31 anos, sempre foi uma entidade de luta e isso é muito positivo, pois uma categoria se fortalece quando tem um sindicato forte”, destacou Claudio Abrantes. Ele ressaltou que houve uma perda, por exemplo, na questão da Reforma da Previdência, pontuando, por outro lado, que, “se não houvesse o braço forte de resistência que houve, a situação teria sido muito pior. Temos que reconhecer isso também”, acrescentou.
“O sindicato é cada um de nós, é cada um de vocês”, frisou o vice-presidente do Sinpol-DF, Paulo Roberto, para os presentes. “Independentemente desta ou das próximas diretorias, o sindicato permanece e nós precisamos, mais do que nunca, da união de toda a categoria para que possamos ter força frente a todos os ataques que as polícias judiciárias, inclusive a Polícia Civil do DF, têm sofrido”, conclamou.
RECOMPOSIÇÃO
Convidado pelo sindicato, o diretor-geral da PCDF, Robson Cândido, também esteve no evento de sexta. Lá, ele destacou aos policiais uma série de demandas represadas até então e que andaram desde o início do ano. Também informou sobre o andamento de outros pleitos, sobretudo a recomposição salarial. “As tratativas estão boas. Estamos aguardando a finalização de alguns ajustes e a data que nós temos é o dia 17”, anunciou Robson.
Segundo o diretor-geral, o reajuste deve ocorrer, sim, por meio de Medida Provisória e, como a folha de pagamento da PCDF já deverá estar fechada até a data, ele só impactará no pagamento de janeiro, mas o retroativo de dezembro deverá ser pago em fevereiro. “Nós estamos muito confiantes que dia 17 de dezembro iremos reconquistar o que nos foi tomado nos governos passados”, afirmou.
Na sequência, os policiais civis puderam aproveitar um grande churrasco e uma tarde de muita animação. Com o sorteio de diversos brindes e uma série de atrações musicais, a festa se estendeu até a noite.