Projeto está indo para a 5a edição, com lista de espera (Fotos: Arquivo Pessoal)

Da Comunicação Sinpol-DF

A agente de polícia aposentada e modelo plus size Alline Campos está a frente de uma iniciativa, em parceria com a Policlínica da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), voltada à orientação da autogestão, inteligência emocional e empoderamento das mulheres policiais civis. Trata-se do projeto “Bellona”, cujo objetivo é desenvolver habilidades que garantam melhor desempenho na vida pessoal e profissional.

Tocado pela policial civil e pela master coach Danielle Currlin, o projeto já orientou cerca de 60 mulheres de todos os cargos da PCDF. Atualmente na 4ª edição, o “Bellona” já possui uma lista de espera para uma nova turma – a última deste ano, que ocorre entre novembro e dezembro.

Alline, que tem uma reconhecida história de superação na luta pela restauração da autoestima no enfrentamento à depressão, recebeu o desafio de criar o projeto da diretora da Policlínica, Zildinai de Oliveira. “Ela [Zildinai] percebeu como a minha vida teve uma reviravolta após participar de projetos voltados ao resgate da autoestima. Isso refletiu positivamente na minha vida pessoal e na minha carreira” diz.

“Agora, com a minha experiência, espero poder ajudar minhas companheiras de profissão para que elas possam ser, ainda mais, mulheres incríveis. É um projeto que abracei de coração”, acrescenta Alline.

Alline e Danielle, idealizadoras e executoras do projeto, com o suporte da Policlínica

BELLONA

O projeto, gratuito, é voltado a todas as servidoras da PCDF, de qualquer faixa etária, que estejam dispostas a rever comportamentos e desenvolver habilidades de autoconhecimento e liderança. Para cada edição são realizados cinco encontros com duração de três horas, sempre às quartas, das 9h às 12h, na própria Policlínica.

Além de participarem de dinâmicas, orientações de coaching e das tradicionais rodas de conversa para compartilhar vivências pessoais, as policiais civis recebem, ao final do programa, workshops de maquiagem, estilo e imagem, e também participam de ensaios fotográficos.

O “Bellona”, sobretudo, tem o intuito de desenvolver autorresponsabilidade, autoconhecimento e autoconfiança, auxiliar na capacidade interativa e proporcionar empoderamento e bem-estar na vida pessoal e profissional das policiais civis. “O projeto surge na necessidade da mulher em se reconhecer dentro de uma instituição de cultura predominantemente masculina, onde esses paradigmas, consequentemente, afetam na autoconfiança e autoestima das policiais”, explica Alline.

Ainda segundo a policial civil, o foco também é romper com a imagem estereotipada das mulheres, uma vez que elas são criadas, culturalmente, para serem mães, esposas e donas de casa – situações que limitam a expansão do potencial para outras atividades. E como policiais civis, com todo o poder de autoridade, podem surgir conflitos pessoais que vão culminar na perda de características intrínsecas à personalidade feminina.

Entre as participantes, o reconhecimento da importância desse iniciativa é unânime

FEMINILIDADE

“Não se trata de feminismo, mas de feminilidade. Isto significa que a mulher pode exercer as mesmas atribuições de um homem sem a necessidade de assumir uma postura masculinizada; é mostrar que a mulher policial pode andar empossada de uma arma, um distintivo e, ao mesmo tempo, usar um belo batom vermelho”, teoriza Aline.

Participante de uma das edições do “Bellona”, a agente policial de custódia aposentada e escritora de livros infantis Giulieny Matos reconhece a importância desse trabalho pelo profissionalismo das coordenadoras do projeto. “Amei participar desse projeto, pois, com a Alline e Danielle aprendi a usar ferramentas poderosas para o meu crescimento individual, convivência produtiva e confiança nas conquistas pessoais. Espero que muitas outras policiais civis sejam também empoderadas”, diz.

A perita criminal aposentada Maria Inês corrobora com aquela manifestação. Ela, que está aposentada há 10 anos, diz ter concluído a participação no “Bellona” com perspectivas de vida renovadas. “Só tenho a agradecer todo o conhecimento que nos foi transmitido. Nos deram ferramentas poderosíssimas para vencer crenças limitantes e nosso medos interiores e exteriores. Para mim, foi de suma importância para vencer as dificuldades que estava passando”, afirma.

PROJETO PARALELO

O sucesso do “Bellona” tem repercutido tanto dentro e fora da PCDF que outras mulheres não policiais civis procuraram Alline e Danielle para que elas desenvolvessem um projeto semelhante. Elas não pensaram duas vezes e deram início ao “Iluminaati”, que já está na segunda edição. Diferentemente do “Bellona”, este acontece em dois encontros de oito horas, um no sábado e outro no domingo, no Jardim Botânico de Brasília.

“É sempre bom compartilhar conhecimento e tornar mulheres, policiais civis ou não, cada vez mais empoderadas, donas de si e situadas sobre suas capacidades. É perceptível como elas saem transformadas desses encontros”, garante Alline.

SERVIÇO

Para mais informações ou realizar um pré-cadastro e entrar na lista de espera para qualquer um dos projetos, basta entrar em contato com a Alline Campos pelo telefone (61) 99555-6615 ou com a Danielle Currlin 98156-0886.

 

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