Impasse sobre recomposição leva categoria a estado permanente de assembleia

Da Comunicação Sinpol-DF

Na tarde desta quarta, 11, os policiais civis do Distrito Federal voltaram a se reunir em Assembleia Geral Extraordinária (AGE). A convocação foi feita pelo Sinpol-DF após anúncio do governador Ibaneis Rocha (PMDB) de que negocia com a Presidência da República a transferência da gestão do Fundo Constitucional.

Ao deliberar sobre como será o posicionamento frente à medida, que poderia implicar em novo atraso para a recomposição salarial, além de insegurança jurídica, a categoria decidiu que aguardará até a aprovação da Reforma da Previdência, prevista para ocorrer no próximo mês de outubro.

Esse foi o prazo estipulado, até então, por integrantes tanto do Governo Federal quanto do Governo do Distrito Federal (GDF) para que o reajuste fosse concedido.

Enquanto isso, os policiais civis permanecerão em estado permanente de assembleia, mas já alertas para a necessidade de estímulo à união e mobilização, que será fundamental em caso de demora para que a recomposição salarial entre em vigor.

Os policiais civis do DF amargam mais de uma década de estagnação salarial – que gera perdas inflacionárias acima dos 50%.

ATRASO

Para a decisão da categoria, foi determinante a reunião realizada na última terça, 10, entre o sindicato e o governador – além do diretor-geral da PCDF, Robson Cândido da Silva. Na ocasião, Ibaneis informou que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem demonstrado receio em editar a Medida Provisória com o reajuste, mas que estaria disposto a ceder a gestão do Fundo Constitucional.

Em razão de uma série de questões ainda não esclarecidas sobre a questão, a diretoria do Sinpol-DF buscará, ao longo das próximas semanas, mais informações com os atores políticos envolvidos. Nesse período, também fará visitas às unidades de trabalho da PCDF a fim de estimular ainda mais a participação da base nas próximas assembleias e possíveis movimentos.

“Atualmente, o governo já está em atraso com os 5% propostos para abril e os 5% que passariam a ser pagos em setembro”, observou o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco “Gaúcho”. “A dotação orçamentária com a previsão desse reajuste já foi aprovada, mas agora temos a preocupação de que, com as novas condições postas, ele demore ainda mais para ser pago”, afirmou, acrescentando que “nós precisamos, mais do que nunca, estar unidos, trabalhando juntos em prol dos nossos direitos”.