Da Comunicação Sinpol-DF
Com a investigação do latrocínio contra o Padre Casemiro – como era conhecido o religioso Kazimerz Wojno, 71 anos – os policiais civis do DF demonstraram, mais uma vez, o compromisso em desvendar crimes, por mais complexos que eles sejam, apesar das inúmeras dificuldades que, diariamente, impõem-se na rotina de trabalho.
Ainda no sábado, 21, poucas horas após a notificação do crime (que ganhou bastante repercussão pela figura que o padre representava para a comunidade brasiliense e pela crueldade com que ele foi morto), a equipe de investigadores da 2º DP, onde a ocorrência foi registrada, começaram a apuração do que tinha ocorrido.
Já na terça, 24, com apenas dois dias de diligências, dois dos quatro suspeitos haviam sido presos em uma operação conjunta daquela delegacia com as divisões de Operações Especiais (DOE), Delegacia de Repressão a Sequestros (DRS) e de Operações Aéreas (DOA) e com o Instituto de Identificação (II).
Um deles admitiu a participação no crime. O terceiro criminoso foi preso nesta quarta-feira, por policiais civis de Novo Gama, Goiás, após a divulgação do nome e fotografia pela PCDF. O quarto autor, ainda está foragido, mas já têm a identidade conhecida pelos policiais.
Assim como no caso do feminicídio sofrido pela advogada Letícia Curado, ocorrido há quase um mês, e elucidado também poucos dias depois da denúncia de desaparecimento da vítima, o caso do Padre Casemiro atesta a dedicação dos policiais civis em entregar resultados à população do DF ainda que enfrentem um período de grave desvalorização.
O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) vem, nos últimos quatro anos, denunciando, sobretudo, o alto déficit no efetivo (atualmente, mais de 50%) e a defasagem salarial (também de mais de 50% de perdas inflacionárias) como aspectos que têm decorrido em total desalento da categoria – sem, no entanto, corroer o profissionalismo que a torna referência em todo o Brasil.
Mesmo com esse cenário completamente desfavorável, os policiais civis do DF tentam, diariamente, entregar cada vez mais resultados à população para que se estabeleça uma melhor sensação de segurança ou, pelo menos, para que fique claro que há, sim, punição para os crimes cometidos na capital federal.