Da Comunicação Sinpol-DF
Com a vinda a Brasília para assumir o cargo de agente de polícia na PCDF em 1999, Sandro Santana pôde realizar um sonho que havia deixado na cidade de Cachoeiro do Itapemirim (ES): gravar um disco e subir aos palcos com a sua banda de heavy-thrash metal, a “Hate By Hate”. Passada essa fase, agora, com a aposentadoria próxima, o policial civil quer se dedicar integralmente à banda.
Na PCDF, Sandro, que é graduado em Administração, foi inicialmente lotado no Serviço de Planejamento e Informações (SPI), que mais tarde se tornaria a Divisão de Estatísticas e Planejamento Operacional (também já extinta). Ele passou pela 38ª DP e há quase sete anos trabalha na Subsecretaria de Gestão da Informação (SGI) da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF). É lá que ele deve encerrar a carreira de policial civil.
“São longos e aproveitáveis 20 anos de PCDF, uma respeitada e sólida instituição; impossível não sair transformado dessa experiência. O contato diário com as dores alheias, certamente, tornou-me mais humano. Além do mais, foi por meio desse trabalho que pude, também, realizar o sonho de lançar o primeiro disco da minha banda”, sintetiza o policial civil.
HATE BY HATE
A banda é um projeto iniciado por Sandro em 1994, com mais quatro amigos. O grupo se inspirou nas nas bandas de heavy e thrash metal dos anos 80 -, como Mercyful Fate, Overkill, Exodus, Iron Maiden e Metallica. À época, eles chegaram a gravar uma fita K7 demo com oito músicas, contendo instrumental e letras compostas com ironias e críticas à violência e injustiça que aconteciam no Brasil . “É o que justifica o nome da banda [Hate By Hate / Ódio Por Ódio]. Éramos cinco jovens enfurecidos, com raiva da realidade que nós enfrentávamos naquela época. O nome soou legal e ficou”, relembra Sandro.
Porém, a realidade não era nada fácil para os cinco integrantes capixabas da Hate By Hate: além de morarem em uma cidade do interior, eles não tinham dinheiro para comprar bons instrumentos e equipamentos, tampouco para pagar por um estúdio de gravação. Por isso, em 1996, os planos foram engavetados e cada um seguiu o seu destino.
Sandro, que sempre ficou encucado com a ideia da banda, vislumbrava que um dia o projeto poderia renascer e não parou de praticar técnicas vocais: assim que chegou à capital federal, após o concurso para a Polícia Civil do DF, ele se inscreveu na Escola de Música de Brasília. Lá, o vocalista garantiu o certificado técnico de Canto Erudito. “Embora desmotivado com a primeira tentativa de ter uma banda, passei todos esses anos, e até hoje, praticando e aperfeiçoando a minha voz”, afirma.
Só em 2015 o sonho foi retomado: Sandro entregou a fita K7 com as músicas para a produtora MS Metal Records, pagou um designer para fazer a marca da banda e a capa do disco. Finalmente, em 2018, foi lançado o “An Ancient Hate Reborn”, primeiro disco da Hate By Hate. “É a concretização de um sonho pessoal pensado há 25 anos. A satisfação é imensurável”, diz.
Ainda que o “An Ancient Hate Reborn” tenha sido feito apenas com os esforços de Sandro, o disco leva também o nome dos primeiros integrantes da banda que contribuíram na composição das músicas nos anos 90. Hoje, porém, além do policial civil, a Hate By Hate é formada pelos brasilienses Dante Mark (guitarrista), Michel Brasil (baixista) e Daniel Rodrigues (baterista). Ouça abaixo
REPERCUSSÃO
Apesar das composições musicais terem sido feitas 25 anos atrás, o primeiro disco da banda soa atual e progressivo. “O cenário não mudou muito de lá para cá”, afirma Sandro. A fama inesperada do álbum já rendeu resenhas em mídias especializadas do rock como os sites Whiplash, StrikeMet e ReiDjou.
Além disso, Sandro concedeu, no dia 28 de julho deste ano, uma entrevista a um dos guitarristas mais famosos do Brasil, Andreas Kisser (ex-Sepultura), no programa “Pegadas de Andreas Kisser”, da 89.1 Rádio Rock, em São Paulo. A entrevista pode ser conferida no player abaixo:
As músicas do “An Ancient Hate Reborn” também foram incluídas em três coletâneas internacionais de rock – Imperative Music (Europa), Oscura Fragmenta (Chile) e na Apofis (Portugal) – junto a músicas de bandas já renomadas. O disco conta, também, com lançamento de capa exclusiva no Japão.
“Eu confesso que lancei o disco sem pretensão alguma ao sucesso. A banda começou como uma brincadeira, depois virou um sonho, o disco se concretizou e, agora, está ganhando repercussão nacional e internacional”, comenta Sandro.
Em Brasília, a banda faz shows esporádicos em Pub’s como o Galpão 17, Poizé, Saloon Red Rock, O’Rilley e outros. Sandro pretende, no máximo em 2021, lançar um novo álbum. “O processo de composição é lento, pois eu gosto de ir aperfeiçoando cada detalhe aos poucos. Mas me sinto empolgado e inspirado com o momento atual e com os novos integrantes da banda”, comemora.
SERVIÇO
O CD é comercializado por R$ 20. Para adquirir, basta entrar em contato com Sandro Santana por telefone ou WhatsApp: (61) 98317-6000.
Facebook: /hatebyhatedf
Instagram: @hatebyhatedf
YouTube: hatebyhateofficial