Da Comunicação Sinpol-DF
Durante a manhã desta sexta, 24, aposentados que vivem em Sobradinho, Planaltina e regiões próximas, em reunião com a diretoria do Sinpol-DF, foram informados sobre o andamento dos principais pleitos da categoria.
A reunião marca uma série de eventos descentralizados voltados especificamente a esse público; anteriormente, o sindicato esteve em Taguatinga e no Gama.
Assim como nos últimos encontros, o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco “Gaúcho”, fez um histórico do trabalho da diretoria em defesa da recomposição salarial. A tramitação lenta da documentação (mensagem com impacto financeiro) entregue pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) há três meses têm gerado desconforto.
“Sabemos que, internamente, o documento tem tramitado e, segundo o governador e o Diretor Geral da PCDF, já há um parecer favorável. Falta, porém, vontade política. Estamos em um ano de ajuste fiscal anunciado pelo governo. Os deputados federais nos indicam que o cenário está ruim por causa da Reforma da Previdência. Mas, nós estamos no atraso: acumulamos dez anos de defasagem salarial, enquanto todos os demais servidores, distritais e federais, obtiveram progresso”, afirmou Gaúcho.
DEFESA
Ele assegurou que a diretoria tem buscado dialogar com parlamentares a fim de reiterar o pedido para que a Medida Provisória seja logo publicada e encaminhada ao Congresso. O presidente do sindicato, contudo, ressalta que a diretoria continua cobrando que Ibaneis e o diretor-geral da Polícia Civil do DF (PCDF), Robson Cândido, envolvam-se mais com a questão.
“É muito importante que o governador assuma esse compromisso. Que ele vá no governo federal e reitere o pleito. Em julho já fecha o orçamento e precisamos garantir que a nossa recomposição esteja lá. É preciso que o diretor-geral da Polícia compre essa briga”, completou.
Gaúcho mencionou novamente a ação que o Sinpol-DF ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) com o propósito de encontrar uma solução definitiva para o processo de negociação das demandas salariais dos policiais civis do DF. Hoje, a categoria senta à mesa com “dois patrões”: o Governo do DF, que faz a gestão do Fundo Constitucional, e a União, que organiza e mantém. “Para nós, a negociação tem que ser direta com a União”, decretou.
PREVIDÊNCIA
Outro assunto discutido com os aposentados foi a proposta de Reforma da Previdência (PEC 06/19) do governo federal e as consequências dela para os policiais. Alex Galvão, dirigente do sindicato e vice-presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), alertou para os aspectos que envolvem diretamente quem já está aposentado, como o aumento da alíquota de contribuição, a nova configuração das pensões e o fim da paridade e integralidade.
Ele assegurou que o sindicato tem lutado por uma emenda substitutiva que mantenha, na PEC, as conquistas e direitos já assegurados constitucionalmente. “É um trabalho que tem sido árduo. A situação é calamitosa para nossa categoria. O Brasil caminha para ter a pior situação previdenciária para policiais do mundo”, lamentou Alex.
Além desses dois pontos, também se discutiu o pagamento das pecúnias do período 1996-2006 (embora ainda não tenha uma definição de quando serão pagas, já se sabe que haverá o parcelamento; a diretoria tem insistido com a PCDF para a redução do prazo e liberação dos recursos o quanto antes); a assistência à saúde (abordando a criação do Hospital da Segurança Pública prometido pelo governador) e o serviço voluntário.