Investimento na PCDF e valorização dos policiais norteiam Sessão Solene

Da Comunicação Sinpol-DF

Comemorado no último domingo, 21 de Abril, o Dia do Policial Civil foi celebrado com uma importante homenagem na Câmara dos Deputados durante sessão realizada na manhã desta segunda, 22.

A iniciativa partiu da deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que dividiu a presidência da sessão com Bia Kicis (PSL-DF). Compuseram a mesa, além das parlamentares, o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco “Gaúcho”, do Sindepo, Rafael Sampaio e o diretor-geral da Polícia Civil do DF (PCDF), Robson Cândido.

Na tribuna, Gaúcho fez um discurso defendendo o investimento na PCDF e a valorização dos servidores. Segundo o dirigente do Sinpol-DF, embora os governos tenham optado, dentro da Segurança Pública, por investir na prevenção em detrimento da repressão, a medida não tem surtido o efeito esperado.

“O que nós temos percebido, é que os governos estaduais e distrital, não sei se de forma proposital, têm deixado de investir na polícia que investiga crimes de lavagem de dinheiro, de corrupção e do crime organizado. Aqui no DF, especificamente, nos últimos governos, nós vimos um sucateamento e um desaparelhamento muito grande da PCDF no que tange ao efetivo, aos equipamentos e a própria instituição que esteve com várias de suas delegacias fechadas”, afirma.

Para o presidente do sindicato, é preciso fortalecer as polícias civis, nos estados e no DF, da mesma forma como se fez com a Polícia Federal, cujos resultados no combate ao crime organizado e corrupção são um exemplo a ser seguido. “A Polícia Federal, nossa co-irmã, está fazendo um excelente trabalho no que tange ao combate ao crime organizado, às quadrilhas e ao combate à corrupção. Esse combate também deve se dar a nível estadual e a nível distrital”, completa Gaúcho.

Confira a íntegra do pronunciamento abaixo:

VALORIZAÇÃO

Dentro dessa perspectiva, Gaúcho destacou, ainda, a necessidade de os governantes voltarem os olhos aos servidores. Para ele, é esperado que as mudanças ocorridas após as eleições do ano passado transformem essa conjuntura. “Hoje nós temos um quadro de policiais muito desmotivado; um quadro adoecido fisicamente e mentalmente. É preciso ter um olhar mais cuidadoso com o ser humano que é o operador de Segurança Pública”, defende.

Na oportunidade, ele reiterou o pedido de apoio ao projeto que prevê a recomposição salarial dos policiais civis, já encaminhado pelo Governo do DF ao Palácio do Planalto. Gaúcho lembrou que os policiais civis do DF estão há dez anos com os salários defasados e que a categoria ficou de fora de todos os processos de reestruturação das carreiras do funcionalismo público tanto no âmbito distrital quanto no federal.

“Está nas mãos do governo federal a nossa recomposição salarial de dez anos. Nós queremos, agora, o apoio desta casa; queremos que o governo federal faça justiça aos nossos policiais civis do DF e recomponha a nossa dignidade que foi perdida ao longo dos últimos anos. É este o apelo que gostaria de trazer aqui”, reivindicou.

DESAFIOS

Ao abrir a sessão, Carla Zambeli leu uma mensagem do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), congratulando os policiais civis pela data. Assim como no pronunciamento do presidente do Sinpol-DF, Maia também convocou os presentes a refletir sobre os desafios para a Segurança Pública do país.

“Essa é, afinal, uma das maiores, senão a maior, das preocupações da população brasileira. Está aí a importância de manter uma Polícia Civil valorizada, com profissionais motivados e boas condições de trabalho. Somente assim será possível atender adequadamente às demandas sociais”, pontuou o presidente da Casa.

Já Zambelli optou por manifestar “consideração por várias pessoas que estão aqui nesta mesa”. Bia Kicis, deputada federal pelo DF, afirmou ser “importante para nós homenagear a Polícia Civil, órgão da maior importância para a segurança e a paz social no nosso país”.

FORTALECIMENTO

Robson Cândido, diretor-geral da PCDF, apontou “quatro pilares” que, segundo sua percepção, são “imprescindíveis para o fortalecimento da Polícia Judiciária e, por conseguinte, para a excelência na prestação do serviço de Segurança Pública”: a autonomia orçamentária, a identidade da Polícia Judiciária, qualificação dos profissionais e a integração e cooperação entre os órgãos de controle e fiscalização.

Para o chefe de Polícia, que se declarou, ainda, “um entusiasta e otimista na transformação da Segurança Pública do nosso Brasil”, esses aspectos são fundamentais para que se vençam os desafios impostos. “A luta contra o crime que a cada dia mais se organiza e mais se aprimora, exige que tenhamos profissionais capacitados e que estejam prontos, aptos a prever as [ações das] organizações criminosas”.