Da Comunicação Sinpol-DF
Acompanhados de diretores do Sinpol-DF, os policiais civis participaram, nesta terça, 2, de um ato público em defesa da aposentadoria policial. A ação foi realizada no Aeroporto Internacional de Brasília e contou com a participação de representantes de várias categorias – convocadas pela União dos Policiais do Brasil (UPB).
Ao longo de todo o dia, diversos deputados federais e senadores foram abordados à medida que desembarcavam na cidade. Com faixas espalhadas no saguão do aeroporto e folhetos entregues aos parlamentares, os policiais expuseram como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/19, se aprovada nos moldes atuais, comprometerá duramente o futuro dos servidores da Segurança Pública.
O texto da PEC, que institui a Reforma da Previdência, ignora as peculiaridades do trabalho policial, como atividade de risco e dedicação exclusiva. Além disso, diferentemente dos demais trabalhadores, os policiais não têm direito a adicional noturno, hora extra, fundo de garantia ou mesmo à greve – conforme decisão de 2017 do Supremo Tribunal Federal (STF). Por tudo isso, os profissionais da área cobram critérios diferenciados de aposentadoria – assim como proposto pelo governo federal aos militares.
“Todos os dias, os operadores da Segurança Pública têm a vida colocada em risco e lidam com os efeitos físicos e emocionais de uma atividade que, comprovadamente, leva a uma expectativa de vida reduzida”, afirma o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco “Gaúcho”. “Sem contar que a idade média do policial aumentará significativamente com a Reforma da Previdência, o que também irá comprometer seu poder de proteção à sociedade”, ressalta.
Todos esses argumentos foram colocados para os vários parlamentares que passaram pelo aeroporto nesta terça. Em geral, eles se mostraram simpáticos à causa e, em muitos casos, afirmaram que mudanças nesse sentido deverão ser propostas na Câmara dos Deputados e no Senado.
“À medida que PEC tramitar no Congresso Nacional, também intensificaremos as ações em defesa dos nossos direitos”, assegura a diretora de Assuntos Sindicais do Sinpol-DF, Marcele Alcântara. “Não podemos aceitar passivamente que a Segurança Pública, já tão sacrificada em nosso país, sofra ainda mais com o prejuízos trazidos pela Reforma da Previdência. E é preciso que todos participem dessa luta”, finaliza.