Com informações do Sipesp
O Sinpol-DF participou na última terça, 26, de um ciclo de debates promovido pelo Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo (Sipesp). Dois diretores, Alex Galvão e Sueli de Barros, acompanharam o evento – que discutiu o tema “A integração das polícias e a importância das entidades de classe neste contexto”.
Alex, que também é vice-presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), foi um dos palestrantes à frente do ciclo. Realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), o evento foi promovido com o objetivo de debater o futuro das polícias e buscar o fortalecimento de toda a categoria.
Além do representante do Sinpol-DF, palestraram o presidente do Sipesp, João Batista Rebouças da Silva Neto; o comandante do Policiamento da Capital (CPC – São Paulo), Cel. Francisco Cangerana Neto; o Secretário de Segurança Urbana do Município de São Paulo, José Roberto Rodrigues de Oliveira, e o deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL).
Em sua participação, Alex Galvão lembrou que o Brasil teve, em 2017, 63.895 mortes violentas intencionais; 367 policiais mortos – cerca de um por dia. “É praticamente um país em guerra quando a gente pensa em mortes violentas”, ressaltou.
Os números, segundo ele, mostram que os sindicatos devem defender sua categoria, mas, além disso, têm o papel de buscar soluções pensando na sociedade como um todo. Galvão afirmou que a leitura de que as entidades sindicais só servem para fazer greve é errada.
“Hoje, como representante de classe, não consigo ver nossas entidades não trazendo para a sociedade o debate de melhoria na prestação de serviço de Segurança Pública”, ponderou.
INTEGRAÇÃO
“A falta de segurança começa quando falta a iluminação pública, em determinada rua, onde temos um terreno com mato crescido, onde os meliantes podem se esconder. A segurança é muito mais abrangente”, pontuou o Cel. Francisco Alves Cangerana Neto.
“É nesse ponto que eu digo que a integração não pode ficar somente nos organismos de segurança. Tem que envolver a população, envolver os órgãos responsáveis por coibir a desordem pública, e, especialmente, as representações de classe”, destacou o coronel.
“O Estado não faz absolutamente nada por nós”, criticou o presidente do Sipesp. “E é por isso que essa união dos policiais é necessária. Temos que estar juntos, fortalecer, nos unir. Nossos inimigos estão lá fora. São eles que precisamos combater para fazer um país melhor”.
“A gente percebe que todos aqueles candidatos nas últimas eleições que tiveram a segurança pública como carro-chefe, tiveram resultados expressivos. Espero que em quatro anos haja melhora do serviço”, observou Alex.
“A polícia brasileira hoje parece com a polícia americana há 100 anos. Não era valorizada, não tinha carreira adequada, a sociedade não reconhecia. E isso começou a mudar quando surgiram as entidades de classe para valorizar a carreira. Atualmente o policial lá tem o reconhecimento da sociedade. E nós precisamos recuperar esses 100 anos em pouco tempo”, concluiu o diretor do Sinpol-DF.