Da Comunicação Sinpol-DF
Em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada na tarde desta quarta, 20, os policiais civis do Distrito Federal aceitaram, por ampla maioria, a proposta de recomposição salarial apresentada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) na última terça, 19.
Ainda durante assembleia, os policiais civis votaram pela declaração de apoio público à atual gestão do Governo do Distrito Federal (GDF). Veja vídeo acima
A proposta aceita deverá ser paga nos próximos três anos, dividida em duas parcelas por ano – nos meses de abril e setembro. A primeira viria este ano, com 5% em abril e 5% em setembro. As seguintes em 2020, de 13%, também em duas parcelas. E as duas últimas parcelas em 2021, totalizando a média de 37%.
EXPECTATIVA
Apesar do descontentamento de parte da categoria, sobretudo com a elasticidade dos prazos estipulados pelo governo para concessão do reajuste – dividido em seis parcelas –, a maioria dos policiais entendeu não ser possível estender ainda mais o processo de negociação.
Para o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco “Gaúcho”, ainda que a proposta tenha sido aquém das expectativas, ela representa um importante passo para o “resgate da valorização dos policiais civis, que ficaram completamente esquecidos durante todo o governo anterior”.
“Após o anúncio do governador, o sindicato logo colocou da necessidade de que a recomposição ocorresse de forma integral e com validade a partir de janeiro”, explicou o presidente do sindicato. “Nós estamos há quase dez anos sem reestruturação salarial e, por isso, é normal que todos esperassem algo mais imediato”, ressaltou.
Ele afirmou, por outro lado, que, segundo o governo, as contas públicas não deixam espaço para negociação, neste momento. Pontuou, no entanto, que, com o tempo, o Sinpol-DF articulará para que as próximas parcelas possam ser antecipadas. “Diferentemente do governo Rollemberg, agora nós temos encontrado as portas abertas para o diálogo e partiremos para a busca de que outros pleitos sejam alcançados”, anunciou Gaúcho.
COMPROMISSO
Presente na assembleia, o policial civil e deputado distrital Claudio Abrantes (PDT), afirmou que “o foi colocado pelo governador não é a melhor proposta, não é aquilo que nós gostaríamos, mas é aquilo que é factível”. “Hoje, nós estamos discutindo uma proposta real, enquanto no governo passado nunca foi apresentada uma proposta que tivesse, de fato, a intenção de ser cumprida”, lembrou o parlamentar, que é líder no governo na Câmara Legislativa do DF (CLDF).
“Por mais que estivéssemos esperando para janeiro, como ele prometeu, agora temos uma proposta verdadeira e que, pela primeira vez nos últimos dez anos, traz uma recomposição específica para a Polícia Civil do Distrito Federal”, ressaltou Abrantes, lembrando que o governador também se comprometeu a entrar em diálogo novamente com os policiais civis se, até 2021, houver novas negociações para reajuste dos vencimentos da Polícia Federal (PF).
“O governo sinalizou disposição, fez uma proposta que vai ser executada e nada impede que depois, dependendo do ajuste fiscal, o período entre as parcelas seja reduzido”, declarou o diretor-geral da PCDF, Robson Cândido, que também esteve na AGE. “Temos que reconhecer que a única categoria que conseguiu um avanço nesse sentido foi a nossa. Isso demonstra também o respeito e valorização que temos com o governador, depois de dez anos esquecidos por outros governos”.
“Nós passamos por uma tempestade muito grande nos últimos anos, mas conseguimos uma importante vitória, que começou com a derrota de Rodrigo Rollemberg nas eleições e o início de uma nova gestão, na qual temos esperança que haja avanços”, finalizou Gaúcho.