Policial Civil e pastor evangélico, Paulo César é um dos capelães (Fotos: Arnon Gonçalves/Sinpol-DF)

Da Comunicação Sinpol-DF

Dirigentes do Sinpol-DF estiveram, na tarde desta terça, 29, na Policlínica da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), onde acompanharam uma palestra de apresentação do Projeto Fé. Na prática, ele estabelece as ações a serem desempenhadas pela Capelania – seção recém-criada na instituição.

Formada por três policiais civis que também possuem formação teológica, a Capelania atuará em duas dimensões principais: a religiosa (ecumênica) e a solidária. Além de, a partir de agora, estarem à frente dos momentos religiosos institucionais, a exemplo de cultos ecumênicos e cerimônias fúnebres, esses servidores também atuarão no suporte espiritual e social aos demais policiais civis.

Zildinai afirma que projeto faz parte da humanização do atendimento

“O Projeto Fé nasceu da necessidade de compor uma equipe de apoio espiritual à equipe de saúde da Policlínica”, explicou a diretora da unidade, Zildinai de Oliveira. Segundo a médica, a iniciativa “faz parte do processo de humanização do atendimento médico-hospitalar. Como nós visamos a saúde integral das pessoas, a abordagem espiritual é mais uma tarefa a ser realizada”, pontuou.

SUPORTE

“A Polícia Civil tem muitos casos de adoecimento e problemas de saúde mental, além de níveis bastante elevados de estresse. Com os profissionais da Capelania, o trabalho desenvolvido pela Psicologia e o Serviço Social será fortalecido”, destacou a dra. Zildinai durante a palestra. Já o agente de polícia e também pastor evangélico Paulo César Rodrigues ressaltou a disposição da equipe em ajudar toda a família policial.

Celma Lima e Jackson Dantas, diretores do sindicato, acompanharam a palestra

“Os policiais civis, por conta da sobrecarga de trabalho e mesmo pelo tipo de atividade que desempenham, costumam enfrentar graves problemas que trazem consequências sérias para a saúde, a vida pessoal e familiar. E nós estaremos aqui para dar esse suporte, afinal, aquele que se dispõe a cuidar de todos também precisa de cuidado”, assegurou o policial civil, que, agora, é um dos capelães da PCDF – depois de 24 anos na instituição.

Patrícia é a segunda integrante da Capelania

Além de Paulo César, estão lotadas no setor as agentes de polícia Patrícia Azeredo e Silene Lemos. O grupo já está disponível para atendimento na própria Policlínica, mas também atuará externamente, prestando assistência religiosa aos policiais civis que estejam sob custódia, bem como aos servidores lotados no sistema penitenciário.

Visitas a policiais civis que estejam com problemas de saúde, internados em hospitais ou que sofreram lesões resultantes das atividades policiais também compõem o rol de atividades da Capelania, além dos familiares de policiais que cometeram suicídio.

ATUAÇÃO

Silene é outra agente de polícia a reforçar o trio de capelães da PCDF

O foco de atuação dos capelães da PCDF é, sobretudo, a prevenção e o controle da dependência química e alcoolismo, a redução do nível de estresse e o combate ao suicídio. Acompanhamento presencial aos policiais e seus familiares com histórico de enfrentamento da violência doméstica, endividamento e demais problemas familiares também fazem parte das ações previstas pela equipe que compõe a nova seção da Policlínica. O objetivo final, conforme apresentado na palestra desta terça, é oportunizar a cura, edificação e orientação aos policiais civis.

Presentes na palestra, os diretores do Sinpol-DF Celma Lima e Jackson Dantas elogiaram a iniciativa de criação da Capelania e expressaram a disposição do sindicato em atuar como um parceiro – contribuindo com a ações a serem desenvolvidas.

Os dirigentes destacaram, especialmente, a necessidade de suporte aos policiais civis aposentados e, para isso, colocaram a estrutura do Sinpolzinho à disposição dos capelães para ser usada em alguma atividade proposta, uma vez que há espaço e o local já é bastante frequentado pelo público aposentado.

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