Da Comunicação Sinpol-DF
Os 30 anos de fundação do Sinpol-DF foram celebrados em uma sessão solene na Câmara Legislativa do DF, proposta pelo policial civil e deputado distrital Cláudio Abrantes, na noite da última quarta, 28. Na oportunidade, os fundadores do sindicato e a primeira diretoria foram homenageados.
Abrindo a sessão, o parlamentar falou sobre a satisfação que sentia ao participar da celebração de aniversário da entidade, destacando a importância de se ter uma instituição como o Sinpol-DF, sempre respeitada. “Categoria forte e valorizada tem sindicato forte e valorizado”, disse. Desde 1988, quando foi fundado, lembrou o Abrantes, o sindicato é atuante na defesa da categoria de policiais civis da capital federal.
Logo em seguida foi reproduzido um vídeo com relatos sobre a história do sindicato, com a participação de policiais fundadores e ex-diretores do Sinpol-DF, além de alguns diretores da gestão atual. Na plateia, assistiam os policiais civis a serem homenageados, suas famílias, membros antigos da instituição, autoridades convidadas e diretores atuais. Confira o vídeo abaixo.
PIONEIRISMO E LUTA
Marcus Bittencourt, o primeiro vice-presidente e, depois, presidente do Sinpol-DF, lembrou de companheiros sem os quais, segundo ele, “o sindicato não poderia ter se estruturado tão bem”, numa menção a Cláudio Monteiro (primeiro presidente do sindicato que logo se afastou ao ser eleito deputado distrital) e àqueles que compunham a Guarda Especial de Brasília (GEB).
”Nós tivemos a honra de ser o primeiro sindicato de Polícia Civil do país e o segundo sindicato de servidores públicos reconhecido no Brasil. Foram muitas derrotas, mas também muitas vitórias”, completou, emendando que o Sinpol-DF foi, ainda, exemplo de atuação e organização sindical para outros estados.
Escrivã aposentada, Francisca Camelo, conhecida entre a categoria por “Chiquinha”, citou as dificuldades que se apresentaram no começo da jornada. “Nós tínhamos todas as dificuldades possíveis para montar um sindicato de polícia em um governo civil e acabamos ajudando a fundar outros sindicatos de polícia”, disse.
Ela declarou que mesmo afastada do sindicalismo, sempre se sentiu parte da entidade. “Aposentei há dez anos, mas o Sinpol-DF continua sendo com um filho pra mim. Sempre digo isso porque tenho um filho de 30 anos que nasceu praticamente dentro do Sinpol-DF. Eu nunca vou deixar de estar ligada ao sindicato”, pontuou.
Antônio da Costa e Silva Neto, diretor do Sinpol-GO e secretário-geral da Cobrapol, representou a presidência da confederação na solenidade. “Para nós, é motivo de honra ter o Sinpol-DF como parte da Cobrapol. É sempre bom reconhecer que a Polícia Civil está viva e tem ótimos representantes pelo país”, elogiou. Confira galeria de imagens abaixo
LUTA CONSTANTE
Quinto presidente do Sinpol-DF, o atual presidente da Agepol, Hugo de Sousa, também mencionou fatos dos primórdios do sindicato, que nasceu na sede da associação. ”Ainda no governo militar, em 1979, se formava a Agepol, uma associação com ares de sindicato. Naquela época nós já percebíamos a necessidade de nos organizarmos para pleitear os interesses da Polícia. A Agepol é a mãe do Sinpol-DF”, decretou.
Dizendo-se feliz por fazer parte da história do sindicato como presidente, Hugo destacou a importância de o Sinpol-DF manter, até hoje, os propósitos iniciais de luta, apesar das dificuldades que um sindicato enfrenta. ”Não importa o segmento político, o mais importante é a categoria acreditar no Sinpol-DF. O sindicato não pode morrer, apesar de todos os esforços em contrário. A luta deve ser constante”, disse.
Celebrando os policiais civis que tomaram a iniciativa de montar um sindicato apenas dois meses após a promulgação da Constituição de 88, Paulo Roberto Sousa, vice-presidente do Sinpol-DF, fez coro às homenagens prestadas, na solenidade, e aos precursores da história do Sinpol-DF.
“Me orgulho de fazer parte dessa diretoria e de todos os ex-membros e diretores do sindicato. A primeira diretoria foi quem deu o passo inicial para que essa história pudesse ser contada, vivida e continuada. Nossa categoria nunca conseguiu as coisas gratuitamente. Pelo contrário, sempre houve luta e necessidade de mobilização”, destacou.
Ele rememorou, ainda, a conquista do reconhecimento de Nível Superior, em 2015, e listou novos desafios que virão para o Sinpol-DF e para a PCDF em 2019. Para ele, o novo governo tem potencial para trazer ganhos significativos aos policiais civis. ”Se não houvesse o reconhecimento de nível superior, não haveria paralelo para conquistar a paridade com a Polícia Federal. Agora, precisamos continuar lutando pela concretização dessa necessidade”, vaticinou. Assista no vídeo abaixo a um resumo da solenidade
NOVA REALIDADE
Com esperança de que a Polícia Civil seja mais valorizada pelo próximo governo, Cláudio Abrantes fez referência a uma “nova aurora de mudanças e mais respeito à PCDF: “Estamos na aurora de um novo período na Polícia Civil. Com a mudança de governo, esperamos que a Polícia Civil seja valorizada pelo excelente trabalho que realiza, sendo abastecida de equipamentos e condições de trabalho, mas, sobretudo de respeito”, disse.
O deputado lembrou dos policiais civis que já cumpriram mandato na Câmara Legislativa, ressaltando que em apenas uma legislatura (2002 a 2006), desde o advento das eleições diretas, nenhum policial civil fez parte Casa. A composição da próxima, a maior de todas, tem três deputados distritais eleitos que também são policiais civis: além de Cláudio Abrantes, foram eleitos Reginaldo Sardinha (PSC) e Fernando Fernandes (PROS). ”Nenhuma categoria teve tanta representatividade na Câmara Legislativa”, afirmou.
A solenidade foi encerrada com uma homenagem aos policiais que fizeram parte da comissão de criação do Sinpol-DF e aos integrantes da primeira diretoria do sindicato (além de Francisca e Marcus, que compunham a mesa). Eles receberam uma moção de louvor aprovada pela CLDF e um certificado de homenagem do Sinpol-DF, além do bóton com o emblema da entidade.
Izis Lobo de Oliveira, agente policial de custódia aposentada foi outra homenageada da noite. Ela disse ter se emocionado com o gesto. “Foi muito emocionante. Parabenizo o Sinpol-DF pela ideia. O sindicato sempre foi como um filho que eu ajudei a criar. Quase tive uma crise de choro pela emoção e senti falta dos colegas que não temos mais a oportunidade de ver”, comentou.