Da Diretoria Executiva
O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) repudia, veementemente, a perseguição que o Governo do Estado de Pernambuco tem exercido sobre os diretores do Sinpol-PE, principalmente o presidente da entidade, Áureo Cisneiros.
Por meio da Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social, o governo instaurou mais de 40 processos contra a diretoria do sindicato – o que revela a perseguição sistemática à entidade. Mais recentemente, o órgão recomendou a demissão de Áureo por contumácia (práticas reiteradas de faltas funcionais), ainda que ele esteja afastado das atividades policiais por causa da atuação no sindicato.
As investidas do governo sobre os dirigentes sindicais daquele estado foram motivadas pelas constantes denúncias sobre as condições de trabalho dos policiais civis. Trata-se, portanto, do exercício da atividade sindical em defesa dos interesses da categoria que representa e da sociedade pernambucana, vítimas do descontrole da violência – o único resultado do “Pacto Pela Vida”, política de Segurança Pública que também fracassou no Distrito Federal, onde, assim como Pernambuco, o governo é administrado por um político do Partido Socialista Brasileiro (PSB).
A conduta do Governo do Estado de Pernambuco configura um flagrante atentado à liberdade sindical e ao espírito republicano que se espera dos governantes. Para o Sinpol-DF, atuação da Corregedoria deveria estar voltada à apuração das condutas dos servidores no exercício de sua função, não à perseguição política. Da mesma forma, a instituição deveria estar preocupada em melhorar as condições de trabalho dos servidores e não perseguir quem as denuncia.
Assim como condena a atitude do governo pernambucano, o Sinpol-DF também manifesta total solidariedade a Áureo Cisneiros, a toda a diretoria do sindicato e aos colegas policiais civis daquele estado. Ataques como esse não podem ser tolerados e precisam ser rechaçados sob qualquer circunstância.