Da Comunicação Sinpol-DF
Dirigentes sindicais de todo o país estiveram reunidos na última quinta, 8, e na sexta, 9, na sede do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), em Brasília, onde discutiram a pauta de reivindicações a ser trabalhada junto aos governos estaduais e federal, além do Congresso Nacional, a partir do ano que vem, quando começa um novo mandato.
A reunião foi convocada pela Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol). Pelo menos 50 dirigentes compareceram. Na pauta, a Reforma da Previdência, a Lei Orgânica Nacional da Polícia Civil e as propostas de Unificação das Polícias e Ciclo Completo.
De acordo com o presidente da Cobrapol, André Gutierrez, o próximo ano exigirá que a categoria esteja não só mobilizada, mas “conhecendo os nossos pleitos, as necessidades e o porquê deles”. Para o dirigente, apesar da preocupação com a questão da aposentadoria, “as pautas para a Polícia Civil são positivas”.
“O que os policiais civis do Brasil querem é ajudar na Segurança Pública. Ajudar, servir e proteger o brasileiro. Mas há certos pontos que são pleitos antigos e vamos buscar junto ao novo governo”, pontuou Gutierrez.
O principal encaminhamento foi a elaboração de um documento que será encaminhado ao presidente eleito Jair Bolsonaro e ao futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, solicitando a retirada dos policiais civis da Reforma da Previdência.
Alex Galvão, diretor do Sinpol-DF e vice-presidente da Cobrapol, considera que há grandes desafios na luta empreendida pela categoria a partir de janeiro de 2019. Para ele, contudo, a capacidade de mobilização será fundamental.
“Precisamos estar diligentes para que a aposentadoria policial não seja jogada na vala comum. Aposentadoria especial para o policial não é privilégio. É uma necessidade frente a atividade especial desenvolvida”, destaca.
DIÁLOGO COM AS BASES
Entre os dirigentes sindicais de outros estados, reuniões como essa são fundamentais para alinhar a luta na conjuntura local com a nacional. “A Reforma da Previdência vai afetar drasticamente a vida dos policiais civis que estão na ativa, os aposentados e até as pensionistas. A convocatória da Cobrapol é importante, porque a luta não para”, defende Ricardo Nazário, presidente do Sindpol-AL.
O diretor financeiro do Sindipol-ES, Aluísio Fajardo, entende que a união será preponderante para novas conquistas. “Encontros assim são importantes porque precisamos compreender que a Polícia Civil é uma só. Se nos unirmos, tenho certeza que conseguiremos aquilo que há anos temos almejado”, acrescenta.
Nilton Arruda, presidente do Sinpol-RN, afirma que “é de suma importância conseguir elencar as situações para serem levadas à base e que a base tenha consciência de que só com união e organização vamos lutar contra aquilo que pode afetar nossos direitos”.