Da Comunicação Sinpol-DF
Em reunião realizada na tarde desta terça, 4, no auditório do IESB, os policiais civis do Distrito Federal decidiram pela participação ativa no processo eleitoral deste ano. Além de continuarem a denunciar o sucateamento da PCDF pela gestão Rollemberg (PSB), a categoria decidiu apoiar o candidato Rogério Rosso (PSD) para governador do DF.
Até essa decisão da categoria, o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) realizou uma série de reuniões com candidatos ao Buriti, a fim de ouvir suas propostas para a Polícia Civil do DF (PCDF). Todos esses encontros, que funcionaram como espécies de sabatinas, foram acompanhados por representantes de base da categoria e disponibilizados, em vídeo, no site da entidade.
Após esses dias de análise, os policiais civis votaram e decidiram que toda a categoria – composta por nove mil servidores – declara apoio a Rosso. Durante a assembleia, os presentes definiram, ainda, que deverão se mobilizar nos próximos dias para, além de demonstrar o apoio por meio de atos públicos, trabalhar diretamente na busca por mais votos para o candidato.
ATUAÇÃO
Os dirigentes do sindicato frisaram que o sindicato não pode declarar apoio a qualquer candidato. O papel da entidade é promover um amplo debate e dar espaço para que os candidatos apresentem suas propostas para a categoria e para a cidade. Isso continuará sendo feito. A entidade continuará dialogando com os atores do campo político, esclarecendo as necessidades dos policiais civis e denunciando o sucateamento da PCDF promovido pelo atual governador Rodrigo Rollemberg (PSB).
Os policiais civis vinham cobrando que o sindicato convocasse a categoria para decidir sobre o apoio ou não dos policiais civis a uma candidatura desde a época em que Jofran Frejat era pré-candidato.
Os policiais civis decidiram que a família policial precisa participar ativamente do processo eleitoral. E, depois de serem apresentados os nomes dos 11 candidatos ao pleito de governador, decidiu-se que, no primeiro turno, a luta será para eleger o candidato Rogério Rosso (PSD).
O Sinpol-DF continuará sua atuação sindical de denunciar as péssimas condições de trabalho impostas pelo atual governo, com a conivência da atual direção-geral de Polícia. O sindicato também continuará denunciando o sucateamento da PCDF, bem como o aumento da criminalidade e da violência.
FORÇA
“Os policiais civis sofrem, há mais de uma década, com a desvalorização do seu trabalho e sucateamento da instituição. O problema se agravou durante o atual governo, e, em razão dessa falta de políticas sérias para a Segurança Pública, há um significativo avanço da criminalidade e da sensação de insegurança nas ruas de Brasília”, ressaltou o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco “Gaúcho”.
Para o dirigente, o cenário pediu um posicionamento mais firme da categoria. “Não temos condições de passar por mais quatro anos de atraso, de adoecimento e endividamento dos policiais civis”, afirmou. Durante o encontro, Gaúcho destacou ainda o quanto o sindicato tem conseguido pautar a imprensa e, sobretudo, o debate político – trazendo os pleitos dos policiais civis, sobretudo a manutenção da paridade entre a PCDF e a Polícia Federal (PF), como ponto central dos discursos de diversos candidatos.
“A importância da nossa categoria é evidente e não podemos abrir mão de nos fazermos ouvir também nas urnas, como sempre aconteceu”, pontuou vice-presidente do Sinpol-DF, Paulo Roberto. Ele apresentou um histórico, desde o início da década de 90, de como a participação dos policiais civis foi decisiva em diversos momentos eleitorais.
Após a decisão, Rogério Rosso foi ao encontro dos policiais civis receber oficialmente e agradecer o apoio da categoria. “Aprendi, com os meus 49 anos de Brasília, a respeitar o servidor público e levarei isso comigo para o Buriti. E reafirmo o meu compromisso com os policiais civis e a paridade. Aprendi com meus pais a não ter duas palavras. E Rodrigo Rollemberg está convidado para ir comigo ver a promessa, que ele não cumpriu, ser cumprida”, afirmou o candidato – ovacionado pelas centenas de policiais presentes.