Da Comunicação Sinpol-DF
Dando continuidade à série de reuniões com os principais nomes na disputa pelo Governo do Distrito Federal (GDF), o Sinpol-DF recebeu Ibaneis Rocha (MDB) nesta terça, 14. Durante o encontro, voltado aos representantes sindicais, o pré-candidato pôde apresentar sua plataforma de governo e discutir as medidas necessárias para recuperar a Segurança Pública e, sobretudo, a Polícia Civil do DF (PCDF).
Recomposição salarial, redefinição das atribuições, implantação do Concurso de Remoção, fim da escala de serviço de 24 horas ininterruptas, pagamento de horas extraordinárias e adicional noturno foram alguns dos itens destacados pelo presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco “Gaúcho”, como reivindicações da categoria que não podem continuar sendo ignoradas pelo Executivo local. Confira um resumo no vídeo!
Além desses pontos, o pré-candidato ouviu também sobre como o tratamento dado pelo GDF às instituições de Segurança Pública têm sido desigual. Benefícios como auxílio-moradia, serviço voluntário remunerado, auxílio-uniforme, ampla atenção à saúde e até a disponibilidade de escola para os dependentes, por exemplo, são oferecidos aos integrantes das demais forças, mas não aos policiais civis.
“Nós temos exposto a mesma apresentação a cada um dos políticos que recebemos. Nós temos uma extensa lista de reivindicações que foram se acumulando ao longo dos últimos, em razão do total desinteresse do governo em investigar adequadamente no serviço público e, especialmente, na polícia investigativa”, ressaltou Gaúcho. “Nossa pretensão aqui é ouvir dos pré-candidatos como cada um desses itens serão tratados e, ao fim, levar para a categoria tudo que foi discutido”, explicou.
PROPOSTAS
Ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF), Ibaneis afirma que ingressou na política com propósito de se colocar como uma nova opção, “diferente do modelo que vem sendo praticado e, evidentemente, não tem dado certo”. Dono do maior tempo de propaganda eleitoral, a candidatura do advogado tem o apoio de partidos como Avante, PP, PSC, PPL e PSL.
“Dentre os candidatos postos, dentro da política tradicional que vem sendo feita, nós não vamos ter solução”, afirmou Ibaneis. “A pauta de reivindicações dos policiais civis ficou tão longa justamente por conta dos políticos que não sentaram com o sindicato para negociar ou que passaram pela Congresso ou pela Câmara Legislativa, mas não compraram a luta”, alegou.
O pré-candidato afirmou, ainda, que todas as pautas apresentadas pelo Sinpol-DF que estejam dentro dos requisitos constitucionais serão atendidas em seu governo. “A questão da paridade, por exemplo”, colocou Ibaneis, “deve ser entendida como uma reivindicação da sociedade, e não da categoria específica. Para que os policiais civis prestem bem o serviço como sempre prestaram, é preciso que recebam uma remuneração digna”, pontuou.
“Eu faço questão de que isso seja feito em conjunto, criando uma espécie de mesa de transição para que tudo seja delineado nos 60 dias que antecedem o início do governo”, ressaltou o advogado.
“Além do envio da mensagem já no primeiro dia, nós vamos criar os instrumentos para que essa paridade seja concedida e passe a ser paga já a partir do encaminhamento”, assegurou. “Como é um direito que está garantido na Constituição e os recursos vêm do Fundo Constitucional, não se deve precisar de lei para criar o orçamento”, completou.
APOIO
“Inicialmente, eu não defendia a candidatura de Ibaneis”, admitiu o deputado distrital Wellington Luiz (MDB), que também participou da reunião. “Mas nós sentamos e firmamos os compromissos que me são caros, aqueles de defesa dos servidores públicos e, em especial, da minha categoria”, contrapôs.
Segundo o distrital, o tratamento da Polícia Civil no próximo governo deverá mudar drasticamente. “É preciso tratar com deferência e respeito aqueles que realmente sofreram nesses últimos anos e, sem dúvida nenhuma, isso será prioridade no governo de Ibaneis Rocha”, defendeu o distrital.