Diretoria explicou como funciona o processo de negociação dos planos de saúde (Fotos: Heloísa Abreu/Sinpol-DF)

Da Comunicação Sinpol-DF

Em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada na tarde desta quinta, 2 de agosto, no clube da Agepol, os policiais civis sindicalizados deliberaram diversas questões acerca dos planos de saúde oferecidos pelo Sinpol-DF.

Logo no início da AGE, a Diretoria Executiva do sindicato explicou que, apesar de a maioria dos policiais pagar os planos de saúde com desconto em folha, atualmente, uma parte dos filiados paga por meio de débito em conta corrente ou boleto bancário.

Aqueles que solicitavam a mudança do método de pagamento o faziam por não terem margem consignável, seja em razão da portabilidade ou de empréstimos – uma consequência direta da crise financeira que a categoria enfrenta.

Isso, contudo, gerou um aumento da inadimplência.

Assim que entra em atraso, já no primeiro mês, o filiado recebe uma correspondência do sindicato informando a falta de pagamento e cobrando, oficialmente, a regularização. A partir do segundo mês de dívida, conforme preconiza a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), ocorre o desligamento do plano e continuam as cobranças das despesas pelo sindicato.

Os diretores esclareceram, ainda, que o Sinpol-DF não contratou nenhuma administradora ou corretora de seguros para intermediar as negociações dos planos de saúde. O processo ocorre diretamente com a empresa, o que possibilita que os índices de reajuste sejam os mais baixos do mercado.

Essa situação ficou especialmente clara com a recente negociação para reajustar os planos Amil 130 e Amil 140. Inicialmente, o aumento colocado em mesa pela operadora foi de 24%, mas, ao fim, ficou definido o índice de 7,5% – quase dez pontos abaixo da inflação médica, calculada no período em 16%. A maioria dos planos de saúde coletivos teve reajustes de 15% a 20%.

Filiados corroboraram adoção de medidas que podem reduzir a inadimplência dos planos de saúde

VOTAÇÃO

Sem uma administradora, por outro lado, o Sinpol-DF absorve as dívidas até que os sindicalizados as regularizem. A fim de evitar o crescimento desse déficit, a diretoria decidiu há algum tempo que já não são mais aceitas adesões com pagamento por boleto ou débito em conta.

Também não estão autorizadas mudanças na forma de pagamento dos planos de saúde, devendo sempre ocorrer por consignação na folha de pagamento. Essa determinação também foi corroborada pela AGE.

A criação de uma taxa de administração no valor de R$ 5 a ser cobrada de cada integrante dos planos de saúde chegou a ser discutida, mas, colocada em votação, não foi aceita pela maioria dos presentes. O mesmo ocorreu com a sugestão de que fosse cobrada dos titulares de plano de saúde uma taxa extra de R$ 10.

Foi aprovado pelos presentes, no entanto, que, além das medidas administrativas – que já vêm sendo adotadas, como as cobranças e negociações, bem como proibição de pagar fora da consignação, já colocados em prática – os inadimplentes passarão a ser cobrados judicialmente.

PLEITO

Ainda que ofereça planos de saúde por meio de operadoras, a diretoria do Sinpol-DF reforçou que tem lutado há anos pela oferta de um plano de saúde para os policiais civis custeado pelo Estado.

Há cerca de dois anos, um convênio chegou a ser aprovado pela Geap, após articulação do sindicato junto a direção da PCDF, mas, antes de firmado, o processo foi barrado pela Procuradoria-Geral do GDF.

A diretoria tem reivindicado, ainda, a ampliação da assistência à saúde dos policiais civis nos moldes da PM e do Corpo de Bombeiros – e tem, inclusive, reiterado o pleito junto aos pré-candidatos ao GDF, como uma das principais pautas ao lado da paridade.

 

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