Da Diretoria Executiva
A arma utilizada pelo policial civil que reagiu ao assalto no drive-thru do Burger King no Gama na última quinta, 5 de julho, apresentou pane durante a troca de tiros. O policial sobreviveu porque a arma do criminoso também falhou. A arma já deveria ter sido substituída pela Polícia Civil do DF (PCDF).
A pistola modelo PT 640, da marca Taurus, falhou depois do segundo ou terceiro disparo. O policial poderia ter morrido, pois um dos autores do crime consegue chegar armado na janela do carro onde estava o agente. Contudo, a arma do assaltante não efetuou o disparo apesar dele ter acionado o gatilho várias vezes.
Ao perceber a presença dos meliantes armados, o policial saca sua arma e defende-se dos agressores, realizando dois ou três disparos. Entretanto, apesar de haver mais munições, a arma apresenta uma pane e para de funcionar. O policial consegue afastar a arma do assaltante com chutes.
O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) tem denunciado as falhas, disparos acidentais e panes no funcionamento das armas funcionais PCDF. Depois de vários ofícios encaminhados ao órgão e sem que uma medida fosse tomada, o Sinpol-DF apresentou denúncia ao Ministério Público do DF, que ajuizou ação contra a empresa que forneceu as armas à Polícia Civil.
A PCDF, ao invés de ter substituído as armas, pediu prazo de 180 dias ao Ministério Público para realizar a troca. O prazo, provavelmente, coincidirá com uma nova administração da Polícia Civil. Além disso, ao invés de utilizar recursos do Fundo Constitucional para a aquisição do equipamento novo, a PCDF pretende utilizar recursos do Fundo de Modernização do órgão.
O Sinpol-DF oficiará a Polícia Civil requerendo que seja realizada perícia específica na arma do policial, para que se ateste se a arma apresenta panes durante a realização de disparos. Também oficiará ao Ministério Público, para que suspenda o prazo concedido à Polícia Civil e cobre a imediata substituição das armas dos policiais civis.