Da Diretoria Executiva

O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) vem a público expressar solidariedade ao presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), Áureo Cisneiros, pela perseguição política e sindical que vem sofrendo do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB).

Por meio de uma nota, o Sinpol-PE denunciou que o dirigente sindical responde, atualmente, a 12 Processos Administrativos Disciplinares (PAD’s) e a um criminal em razão da atividade estritamente sindical. Segundo o texto, trata-se, portanto, de uma clara violação aos preceitos constitucionais, “já que a corregedoria da SDS-PE, assim como todas as outras, têm por missão investigar e apurar denúncias de servidores que cometeram crimes ou desvios na prática da atividade policial”.

Há três anos presidindo o Sinpol-PE, Áureo Cisneiros tem se dedicado à luta por melhores condições de trabalho, contra o assédio moral e pela valorização profissional e salarial dos policiais civis daquele estado. Atuando, portanto, naquilo para o que foi eleito pelos seus pares.

Ainda de acordo com a nota do sindicato, “o processo que pede a demissão de Áureo se ampara no conceito de “contumácia”, que seria a repetição de determinadas infrações administrativas. Contudo, é importante destacar que todos os procedimentos impetrados contra ele versam sobre reivindicações por condições mínimas de trabalho, de material de proteção individual, de estrutura para delegacias e institutos e por cobrar a contratação de pessoal. Ou seja, por exercer, estritamente, a atividade sindical em prol de melhores condições para que os Policiais Civis possam prestar um serviço profissional e de qualidade para a sociedade pernambucana”.

A falta de diálogo governador de Pernambuco, também filiado ao PSB, não causa surpresa porque o Distrito Federal, hoje, é conduzido por um político do mesmo partido e com a mesma prática no tratamento dispensado às negociações com os policiais civis do DF.

O Sinpol-DF, portanto, junta-se às demais entidades de classe dos policiais civis e manifesta repúdio às ações do governador pernambucano. Quando se ataca um dirigente sindical também se ataca todos aqueles a quem ele, legitimamente, representa.

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