07.02.18 - Assembleia Geral Extraordinária no IESB

Da Comunicação Sinpol-DF

Em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada nesta quarta, 7, cerca de 2 mil policiais civis do Distrito Federal definiram as próximas ações na luta em prol da recomposição das perdas inflacionárias.

Em resposta à estagnação das negociações com o governo distrital, a categoria deliberou por uma greve a ser deflagrada após o carnaval.

Durante o ato promovido pelo Sinpol-DF no auditório do Iesb, os policiais manifestaram de forma clara que já não suportam as repetidas demonstrações de desrespeito do governador Rodrigo Rollemberg (PSB). “A decisão de paralisar as atividades de forma geral é um resultado dessa insatisfação da categoria”, ressalta o presidente do Sindicato, Rodrigo Franco “Gaúcho”.

A duração da greve, no entanto, será definida em uma assembleia já marcada para o dia 20.

AÇÕES RECENTES

Ao iniciar a assembleia, Gaúcho fez um apanhado das diversas atividades da Diretoria Executiva desde a última AGE, realizada dia 14 de novembro, quando ficou decidido que a atuação do Sinpol-DF deveria se voltar, prioritariamente, à articulação política.

Esse processo teve como foco central o deputado distrital Agaciel Maia (PR) – líder do governo na Câmara Legislativa do DF (CLDF).

Gaúcho lembrou que, ainda no ano passado, em reunião com o sindicatos da PCDF, o governador afirmou ser possível avançar nas discussões. No entanto, ele colocou como uma nova condição a liberação de verbas do Fundo Constitucional retidas na União.

Desde então, o Sinpol-DF buscou os meios para que ocorresse uma agenda conjunta entre Agaciel Maia e o líder do governo federal no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), a fim de provocar essa discussão.

Por causa de questões em torno da aprovação da Reforma da Previdência pelo governo federal (Jucá é o líder do governo no Senado) e do recesso parlamentar – encerrado na última quinta, 1º de fevereiro – o encontro foi sendo adiado, mas, finalmente, ocorreu ainda na manhã desta quarta.

Na oportunidade, o senador Romero Jucá afirmou reconhecer a gravidade das perdas salarias dos policiais civis do DF e disse ter interesse em ajudar na solução do problema, uma vez que ele compromete, inclusive, a Segurança Pública na capital no país.

Jucá disse ainda que nos próximos dias conversará sobre a questão como o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, e também com o governador Rollemberg.

A diretoria salientou que há recursos do Fundo Constitucional suficientes para garantir a recomposição, uma vez que haverá um acréscimo de cerca de 600 milhões de reais em 2018. O que falta é vontade política.

INCERTEZAS

Na AGE, o presidente do Sinpol-DF, ponderou, por outro lado, que, neste momento, não há nada concreto. Por isso, e preocupados com o prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral, que proíbe a concessão de reajustes durante o período de seis meses que antecedem as eleições, os policiais civis preferiram deixar somente as próximas duas semanas como prazo para que o governo distrital se manifeste.

Na prática, é um ponto final quanto ao constante alargamento de prazos que tem marcado a negociação em prol da manutenção da paridade legal, histórica e jurídica com a Polícia Federal.

Gaúcho pontuou também que, ao longo dos últimos três anos, entre inúmeras outras ações, essa luta já contou com diversas passeatas, manifestações, campanhas publicitárias, entrega de viaturas, entregas de cargos de chefia, várias paralisações de 24h, 48h e 72h, além de uma greve de 22 dias.

“O próprio GDF reconhece que a nossa categoria é a que tem, hoje, a maior defasagem salarial, mas, ainda assim, tem se recusado a mandar uma mensagem com o nosso reajuste”, criticou o vice-presidente do Sinpol-DF, Paulo Roberto. “Nós temos que nos unir nesse momento, mostrar a nossa força. Com muita luta, vamos defender que os nossos direitos sejam respeitados e expor a nossa indignação, afinal estamos todos insatisfeitos com o atual governo”, acrescentou.

Nos próximos dias, o Sinpol-DF lançará novas ações de comunicação para expor à população brasiliense a atual situação de precariedade da Segurança Pública do DF.

Desde já todos estão convocados a participar da próxima assembleia, que será realizada no dia 20 de fevereiro.

 

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