Da Comunicação Sinpol-DF
Em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) convocada Sinpol-DF e realizada na tarde da última segunda, 26, os policiais civis do Distrito Federal decidiram realizar, ao longo dos próximos dias, uma série de ações contra Rodrigo Rollemberg (PSB).
As manifestações serão diárias e têm o objetivo de expor toda a insatisfação da categoria com o governador.
O primeiro ato ocorreu logo após a assembleia, com centenas de policiais civis ocupando o semáforo em frente ao Palácio do Buriti. Atendendo aos pedidos nas faixas, os motoristas que também reprovam a gestão Rollemberg promoveram um buzinaço, que durou quase uma hora, na porta da sede do governo.
Durante toda a semana, as faixas voltarão a ser expostas, dessa vez, nas principais vias do Distrito Federal – além da região central, em diversas outras cidades. O boneco gigante Enrollemberg e o Criminômetro também estarão nas ruas. E serão distribuídos, ainda, os 50 mil exemplares do jornal “Brasília Capital do Crime – Um jornal que demonstra o descaso do Governo Rollemberg com a Segurança Pública”.
Outra ação aprovada pelos policiais foi interlocução do Sinpol-DF com os sindicatos e entidades representativas dos demais servidores públicos do Distrito Federal. A proposta é buscar o apoio dessas entidades para realização de uma assembleia geral unificada, onde será proposto que categorias declarem Rodrigo Rollemberg persona non grata.
ADESÃO
Ainda no início da assembleia, o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco” Gaúcho”, parabenizou os policiais pela atuação durante greve de 72h realizada entre as 8h de quarta, 21, e sábado, 24. “A categoria deu um grande exemplo de união e perseverança, demonstrando, através da forte adesão ao movimento, toda a revolta com esse governo que desrespeita e mente, não só para os policiais civis, como para toda a população brasiliense”, analisou.
“Enquanto o governo tem sido omisso com a Segurança Pública e muito mais com a Polícia Civil, vocês têm sido verdadeiros guerreiros nessa luta para mudar a nossa realidade e das nossas famílias”, afirmou Gaúcho aos policiais presentes na AGE. “A greve foi encerrada, mas passaremos a adotar outras medidas para demonstrar nossa insatisfação. E assim será até as eleições”, acrescentou.
Para que sejam avaliados os resultados dessas ações e definidos os rumos do movimento, foi marcada, para a tarde de quarta, 28, uma reunião entre a Diretoria Executiva do Sinpol-DF e os representantes sindicais. Entre as decisões a serem tomadas, está a escolha do local onde ocorrerá a próxima AGE, que também já tem data marcada: terça, dia 6 de março.
JUSTIÇA
O foco de atuação, que, nesse momento, volta-se para o desgaste da imagem do atual governo distrital, permitirá também o avanço do movimento no campo jurídico. Em resposta à decretação da ilegalidade da greve de 72h, encerrada no último sábado, 24, o Sinpol-DF solicitará da Justiça a mediação das negociações.
A notificação, entregue ao Sindicato na manhã desta segunda, determinava o fim da paralisação com base na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que retira o direito de greve dos policiais civis.
A tese do STF, no entanto, estabelece como “obrigatória a participação do Poder Público em mediação instaurada pelos órgãos classistas das carreiras de segurança pública”. O cumprimento dessa obrigatoriedade será, então, cobrado pelo Sindicato.