Da Comunicação Sinpol-DF
Os mais de 61,5 mil assassinatos cometidos em 2016 no Brasil equivalem, em números, às mortes provocadas pela explosão da bomba nuclear que dizimou a cidade de Nagasaki, no Japão, em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial.
O exemplo foi mencionado pelo Renato Sérgio de Lima, presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, professor da FGV e pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) na última terça, 21, durante o primeiro dia do I Congresso de Jornalismo e Segurança Pública da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef).
Divulgado no fim de outubro, o 11º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança mostra que o número de mortes violentas em 2016, no Brasil, é o maior da história: sete pessoas foram assassinadas por hora no ano passado, um aumento de 3,8% em relação a 2015.
A taxa de homicídios para cada 100 mil habitantes ficou em 29,9 no país.
“O brasileiro não se sente seguro. A violência se espalhou para todos os estados e se tornou um drama que afeta todos nós no país inteiro”, disse Renato.
A taxa de homicídios para cada 100 mil habitantes ficou em 29,9 no país. Embora não esteja no rol das unidades da federação mais violentas, o Distrito Federal tem, em alguns itens do relatório do Fórum, taxas iguais ou maiores aos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Por exemplo: a taxa de Mortes Violentas Intencionais (MVI) – decorrentes de crimes como homicídio doloso, latrocínio e lesão corporal seguida de morte – no DF, em 2015, foi de 23,8 mortes a cada 100 mil habitantes. Em 2016, esse número foi de 22,1.
Apesar da redução discreta, o Distrito Federal foi vencido por São Paulo, que apresentou, naqueles dois anos, as taxas de 11,7 e 11,0 mortes violentas a cada 100 mil habitantes, respectivamente. Em Minas Gerais, as taxas foram de 20,9, em 2015, e 20,8 em 2016.
Veja todos os números do relatório aqui.
CONGRESSO
A diretoria do Sinpol-DF, representada pelo presidente, Rodrigo Franco “Gaúcho”, pelas diretoras de Comunicação Social, Celma Lima, e de Assuntos Sindicais, Marcele Alcântara, e pelo diretor-adjunto de Benefícios, Cultura, Esportes e Políticas Sociais, Alex Galvão, acompanhou a programação do evento.
Dirigentes da Cobrapol e de outras entidades de classe de vários estados acompanharam o congresso.
Durante a manhã, houve uma palestra com o gerente do Facebook na América do Sul e agente aposentado do FBI, Rick Cavalieros, que falou, via videoconferência, sobre como utilizar as ferramentas disponíveis na maior rede social do mundo em investigações ou situações sensíveis, onde há risco de morte.
Já a gerente de Políticas Públicas do Facebook Brasil, Deborah Delbart, apresentou boas práticas para auxiliar os profissionais de Comunicação e as entidades de classe a obterem melhores resultados e conseguirem atingir seus públicos-alvo na rede social.
“O Facebook disponibiliza uma série de ferramentas para nortear o trabalho das equipes de comunicação dos Sindicatos e aumentar o engajamento nas páginas. É importante saber usá-los”, destacou.
No rol de palestrantes também estava o jornalista Luís Humberto Carrijo, que dez uma palestra para policiais federais e profissionais de comunicação sobre a importância do relacionamento com a imprensa para a promoção de temas importantes para a carreira policial.