Mais de 3 mil pessoas procuraram as delegacias, mas voltarão nesta quinta, 2 (Fotos: Lucas C. Ribeiro/Sinpol-DF)

Da Diretoria do Sinpol-DF

Foi encerrada às 8h da manhã desta quinta feira, 2 de novembro, a paralisação de 24 horas deflagrada pelo Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF).

Inicialmente, a diretoria agradece a toda a categoria, que se envolveu integramente na mobilização. Policiais civis da ativa, aposentados e pensionistas deram grande demonstração de união, força e planejamento ao demonstrarem sua insatisfação e indignação com descaso da direção geral da Polícia Civil do DF (PCDF) e do Governo de Brasília.

Foram registradas 72 ocorrências de flagrante, juntamente com os procedimentos e diligências de praxe, nas 16 delegacias que atualmente funcionam como Central de Flagrantes (Ceflags), incluindo as unidades da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) e a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM).

As cerca de três mil pessoas que procuraram os serviços da PCDF para registro de ocorrências, produção de exames e laudos, confecção de documentos, elaboração de provas documentais foram informadas sobre o descaso do governador Rodrigo Rolemberg (PSB) com a Polícia Civil e a Segurança Pública. Praticamente a totalidade compreendeu a reivindicação dos policiais civis e retornará durante esta quinta para procurar nossas unidades para conclusão da comunicação dos fatos criminosos.

O Sinpol-DF convoca a categoria a se manter mobilizada. Todas as ocorrências deverão ser registradas. A prioridade da investigação deve ser os crimes contra a administração pública, uma vez que, apesar de todas as operações deflagradas pelos policiais civis nas últimas semanas, o governador tem desconsiderado todo o esforço realizado pela categoria.

Pelo contrário, Rollemberg tem remanejado recursos da PCDF para outras forças e para outras áreas do governo, demonstrando, assim, o desprezo que nutre pelos investigadores.

A direção-geral da Polícia Civil, ao invés de demonstrar o sacrifício da categoria, apesar da falta de condições de trabalho, da falta de efetivo, da completa desmotivação e endividamento, apenas afirma que tem orgulho de saber que não somos movidos a dinheiro. Fácil para quem recebe uma gratificação de R$ 14 mil, acima do subsidio de qualquer policial classe especial; isso sem contar o subsídio de delegado em final de carreira.

Dessa forma, é sabido que nossa vitória só virá em razão da união e da luta de todos os policiais civis. É esse o norte que todos devem seguir: fortalecer a união e estender essa luta até a vitória.

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