Da Assessoria de Imprensa
Dois diretores do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) tomaram conhecimento, por meio dos seus advogados, que a Corregedoria da Polícia Civil do DF (PCDF) indiciou o presidente da entidade, Rodrigo Franco, e o diretor Administrativo, Marcos Campos, por incitação ao crime e interrupção de serviço público (Artigos 265 e 286 do Código Penal).
O processo se refere à manifestação pacífica convocada no dia 18 de agosto, em frente ao Complexo da PCDF. O ato ocorreu um dia depois da reunião em que a equipe de governança do Governo do DF (GDF) informou à diretoria do Sinpol-DF que não voltaria a negociar com os policiais civis até o fim do mandato. Inconformada, a categoria se reuniu em protesto em frente à PCDF.
Para a diretoria do Sinpol-DF, a medida causa estranheza porque entre o dia da manifestação e o dia da instauração do inquérito o Sindicato tomou algumas medidas que parecem ter incomodado a direção da Polícia Civil como, por exemplo, a denúncia de que o sistema “AFIS Criminal” não estaria identificando criminosos por quarenta dias em razão da mudança de um contrato emergencial.
Neste interregno, o Sinpol-DF esteve atuando junto a parlamentares do Congresso Nacional na defesa da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 336/17, que prevê a federalização da Segurança Pública da capital federal, o que incomodou o GDF.
Ainda no período, o Sindicato também contrapôs os dados da criminalidade divulgados pela Secretaria de Segurança Pública e cobrou mais ações de combate à corrupção após uma operação realizada pela PCDF na Terracap.
Recentemente, o Sinpol-DF também trouxe à luz da população a informação de que o Fundo Constitucional terá um acréscimo de R$ 500 milhões em 2018, ao contrário do que disse a secretária de Planejamento do GDF quando declarou que Fundo Constitucional teria retração de R$ 170 milhões.
A Corregedoria da PCDF determinou, ainda, que os policiais civis lotados nesta unidade identifiquem todos os colegas que participaram da manifestação contra a decisão do GDF de encerrar as negociações com a categoria.
Ao adotar essa medida a instituição coloca policiais civis para investigar outros policiais civis, trazendo ainda mais divisão e perseguição no ambiente já degradado da PCDF, em razão do descaso da Direção Geral da PCDF e do GDF.
O indiciamento dos diretores do Sindicato possui muito mais um viés político do que criminal. Querer tratar policiais civis como bandidos, em razão da luta sindical, é fato que jamais acontecera na história de 28 anos de luta do Sinpol-DF. Fato este que não nos intimidará a perseverarmos na busca dos nossos direitos.
Assessoria de Imprensa Sinpol-DF – Coletivo Conversa
Bruno Aguiar
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