Da Comunicação Sinpol-DF
Brasília sediou na última semana – de 29 a 31 de agosto – o XIV Congresso Brasileiro de Identificação, promovido em parceria com a Associação Brasiliense de Peritos Papiloscopistas (Asbrapp) e com a Federação Nacional dos Peritos Oficiais em Identificação (Fenappi).
O evento atraiu cerca de 700 participantes de todo o país, que puderam conferir 31 palestras de renomados especialistas nacionais e internacionais – entre eles, sete papiloscopistas da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
No congresso, as discussões giraram em torno do uso de novas tecnologias em biometria e identificação humana.
Por meio das atividades incluídas na programação, foi possível aos participantes conferir como essa área vem crescendo mundialmente e será essencial para ampliar a oferta de serviços, proteger pessoas, driblar a desburocratização, inibir fraudes e crimes de falsificação de documentos além de individualizar a identificação de pessoas.
Representantes das principais empresas de tecnologia em identificação digital também participaram dos debates, mas, sobretudo, apresentando inovações para a área.
“Trata-se de um público bastante selecionado, composto pelas principais empresas do mercado de tecnologias biométricas e de identificação, seus executivos e especialistas, entidades e autoridades das esferas públicas e privadas proporcionando intensa troca de conhecimentos e ambiente oportuno para realização de negócios”, afirmou o fundador da Biometrics HITech (empresa idealizadora e organizadora do evento), Luciano Baptista.
IMPORTÂNCIA
A diretora de Comunicação Social do Sinpol-DF, Celma Lima, papiloscopista aposentada, acompanhou todo o evento. Ela destacou a importância do Congresso para os profissionais da PCDF, sobretudo aqueles que participaram como palestrantes.
“Durante mais de 20 anos como perita papiloscopista policial tive a oportunidade de participar de vários congressos em todo o Brasil, inclusive como palestrante na área de reconhecimento facial . É a primeira vez que esse evento ocorre em Brasília e é possível perceber a grande evolução que houve desde as primeiras realizações de Congressos de Identificação”, afirma Celma.
“Neste, a logística foi completamente inovadora e trouxe grande oportunidade de troca de conhecimentos na área, com a realização de minicursos e apresentação de trabalhos acadêmicos para premiação, além das palestras. Hoje, estou aposentada e fico orgulhosa em ver a nova geração de peritos em papiloscopia se destacando e difundindo o conhecimento científico, sobretudo meus colegas da PCDF que a cada vez estão mais preparados e hábeis com as tecnologias existentes. O Instituto de Identificação de Brasília conta, hoje, com um excelente corpo de profissionais altamente qualificados em identificação humana, inclusive com trabalhos científicos publicados e reconhecidos mundialmente”, acrescenta.
Para o presidente da Asbrapp e secretário-geral-adjunto do Sinpol-DF, Rodrigo Meneses, a realização de eventos como este contribui para inspirar novas iniciativas e engrandecer o trabalho dos papiloscopistas.
“Recebemos o Congresso com grande satisfação. Os peritos papiloscopistas do Distrito Federal sempre foram reconhecidos por seus resultados, empenho e expertise técnico-científica na execução das suas atividades – e aqui eles podem não só transmitir essa experiência, como também adquirir conhecimento com outros profissionais também renomados”, disse.
PAPILOSCOPISTAS DO DF
Estiveram incluídos na programação o próprio Rodrigo Meneses, que ministrou a palestra “Análise multi-informativa de vestígios papilares com emprego de nanomateriais” e a papiloscopista Laura Patrício Macedo, com a mesa redonda “A fotografia aplicada à perícia papiloscópica em local de crime”, da qual também participou Paola Rabello.
A perita papiloscopista Jemima de Jesus Santos ministrou a palestra “Projeto Neonatal: inovando a Identificação Civil no DF” e o minicurso “Análise e confronto de impressões palmares”.
O perito papiloscopista Nadiel Dias ministrou o minicurso “Utilização de luz branca para captura de impressões digitais não empoadas e empoadas”. Petterson Vitorino Morais participou da mesa-redonda “Documentos de identificação civil e sua modernização” e também ministrou o minicurso “Exame de comparação facial humana”. Ana Carolline Ribeiro de Toledo Pinto esteve em uma mesa-redonda “Técnicas analíticas e nanotecnologia em identificação humana”.
Na programação dedicada à apresentação de painéis científicos, foram premiados os papiloscopistas Rodrigo Meneses, com o trabalho “Análises de Impressões Digitais latentes por MALDI-TOF-MF” e o trio formado por Marco Paulino, Débora Heinen Kist e Cecilia Vianna de Melo Jacintho, pelo trabalho “Elucidação de latrocínio: revelação laboratorial de fragmento papiloscópico em plástico que revestia banco de veículo”.