Da Comunicação Sinpol-DF
Durante três horas na manhã desta sexta, 18, policiais civis mantiveram bloqueados os acessos ao Complexo da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). A manifestação foi convocada pelo Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF) e reuniu um grupo de cerca de 200 policiais civis da ativa e também aposentados.
Esse foi o primeiro grande ato da categoria em protesto ao Governo do DF (GDF) que na última quinta, 17, em reunião com o Sindicato, fechou qualquer porta de negociação para a manutenção da paridade com a Polícia Federal (PF) ao afirmar que não fará qualquer proposta neste e nem no próximo ano.
A manifestação desta sexta ocorreu no Complexo da PCDF por causa da inauguração do Núcleo de Audiência de Custódia (NAC), que passará a funcionar dentro do Departamento de Polícia Especializada (DPE).
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Os policiais civis bloquearam o acesso de todos os veículos que chegavam aos portões, inclusive das autoridades do Executivo e do Judiciário que compareceram ao evento. Durante o protesto, só era possível entrar no Complexo a pé.
“O governo deixou claro, ontem, para nós, que não pretende priorizar a Segurança Pública e tampouco esta categoria. A intenção é clara: precarizar a Segurança Pública e a polícia investigativa, para que não se investigue os crimes dentro do governo”, criticou o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco “Gaúcho”.
Para o dirigente sindical, o GDF deu as costas à categoria ao negar uma proposta para a paridade – que vem sendo reivindicada há mais de dois anos.
“Nós iremos lutar para sobreviver com nossos salários, com dignidade. Nós não podemos aceitar que o GDF e até o governo federal nos imponham esse arrocho salarial, que já dura oito anos. Agora, colocam mais dois anos a frente, fechando nosso horizonte e qualquer perspectiva de recuperarmos nossas perdas salariais que já passam de 50%”, acrescentou Gaúcho.
O protesto iniciado por volta das 9h da manhã foi encerrado ao meio-dia, quando os portões foram liberados pelos policiais civis.
Na próxima terça, 22, já está convocada uma Assembleia Geral Extraordinária, com indicativo de greve, às 14h, no Palácio do Buriti.