Da Comunicação Sinpol-DF
Mais uma turma do curso de Informática promovido pela Diretoria de Assuntos de Aposentados e Pensionistas do Sinpol-DF na sede do sindicato em Taguatinga, o Sinpolzinho, encerrou as atividades.
Na quinta, 27, os alunos receberam o certificado de participação e, em uma simples solenidade, comemoraram mais uma importante etapa da vida.
Criado especificamente para promover a inclusão digital dos policiais civis aposentados e pensionistas, o curso de Informática oferece noções básicas sobre o uso do computador e do smartphone – privilegiando, durante as aulas, o uso conforme as necessidades do cotidiano de cada aluno.
As aulas são ministradas pelo agente de polícia aposentado João Machado Costa, o “Costinha”, professor da Academia de Polícia Civil (APC) há mais de dez anos. Segundo ele, apesar de o curso ter um foco claro as aulas acabam se tornando em um momento de convivência entre os policiais que, por causa da aposentadoria, muitas vezes, acabam se afastando.
“É um privilégio ministrar esse curso, poder encontrar colegas e conviver com cada um deles. Na hora da aula nós sempre temos uma conversa aqui outra ali e, no fim, a informática acaba sendo um excelente pretexto para todos se reencontrarem”, afirma Costinha.
Para os alunos, contudo, valem as duas coisas: as aulas, para adquirir conhecimento sobre ferramentas que sequer existiam quando eles trabalhavam, e o reencontro com os colegas.
CONVÍVIO
O agente de polícia Jorge Luiz Teixeira, aposentado há 14 anos, aprova a iniciativa. “Estou muito gratificado com as coisas que eu vi acontecer aqui no Sinpolzinho. Essas ações se fazem necessárias para o resgate os policiais civis que estão aposentados e que precisam estar ainda em conjunto com a família policial”, disse.
Teixeira ficou sabendo do curso por acaso e decidiu frequentá-lo, principalmente depois de descobrir que o professor também é policial civil. “Vim aqui saber das eleições, vi o anúncio, soube que o “Costinha” seria o professor e decidi fazer o curso. Estar conectado é uma necessidade que todos temos. Para nós, policiais, que passamos a vida inteira trabalhando com informação, é mais do que necessário saber como a informação circula hoje”, frisa o aposentado.
A agente policial de custódia Elizabeth Emídio, aposentou-se há seis meses e já se inseriu nas atividades do Sinpolzinho. Para o curso de Informática, ela levou o filho, Caio. “Vim fazer as aulas para ocupar o tempo. Aqui eu encontro os colegas, aproveito para aprender alguma coisa – o que sempre é válido. Na área de informática eu era crua, não sabia nada e eu aprendi muito e continuo aprendendo”, afirma.
Para ela, a iniciativa da diretoria do Sinpol-DF em promover ações como essa no Sinpolzinho “é excelente” porque possibilita “a reunião dos colegas e a valorização do policial depois de aposentado”, elogia. “Terminei esse curso e vou prosseguir”, avisa Elizabeth.
O delegado aposentado Hélio Ferreira Gomes, que foi um dos diretores de apoio da Academia de Polícia Civil, mencionou que as aulas lhe permitiram se manter atualizado. “Eu resolvi fazer o curso para poder mexer no celular por minha conta – coisa que eu tinha certa dificuldade, tanto por não saber lidar com certos avanços como por desconhecimento. O curso abre um leque; eu aprendi bastante”, revela.
CONHECIMENTO
Embora sejam focados nos policiais civis aposentados, alguns dos cursos oferecidos no Sinpolzinho são extensivos aos cônjuges ou dependentes deles. Por isso, assim como o filho de Elizabeth, Silvia Gonçalves de Amorim, esposa do policial civil Valter Amorim participou das aulas – eles fizeram o curso juntos, inclusive.
Silvia diz ter buscado as aulas para poder acompanhar os filhos, que já dominam as ferramentas digitais. Ela revelou que de tudo o que aprendeu, dominar o WhatsApp foi o que mais a agradou. “Nós aprendemos bastante coisas nas aulas. É um curso rápido, focado nas nossas necessidades. O professor é carismático”, pontua.
Já Valter, aposentado há três anos, explica que decidiu fazer o curso para melhorar os conhecimentos que possuía. “Nós usamos as ferramentas, mas sempre falta alguma coisa. Esse curso acrescentou muito”, assegura. “É muito boa essa oportunidade de encontrar os colegas que a gente não vê há tempos e agregar conhecimento”, acrescenta.
A aposentada Neuza Cordeiro Costa foi incentivada a participar pela filha, a perita papiloscopista também aposentada Lívia Márcia. Neuza revela que até o início das aulas, sabia apenas “ligar e desligar o computador” e “enviar mensagem bem mal”.
“Eu sempre tinha que pedir as minhas netas para me ajudar”, lembra. Com o fim das aulas, a situação mudou. “Eu não sabia de nada e, hoje, acho que falta uns 10 ou 15% para eu me sentir 100% preparada. Por isso, vou continuar a frequentar esse curso até quando for possível, revela Neuza.
Lívia não esconde o orgulho da mãe. “Eu fui a principal incentivadora. A tecnologia está aí e a minha mãe tem uma cabeça muito jovem. Ela tinha dificuldades e eu, apesar de estar aposentada, sempre envolvida em outras atividades ou viajando. Quando soube do curso, logo a trouxe aqui”, relata.
“Eu notei que ela aprendeu muito. Antes, mandava mensagem e ela não respondia. Eu até ficava preocupada, pois ela mora sozinha. Hoje, ela já tem um perfil na rede social e sempre está conectada”, comemora Lívia.
DIRETORES
A turma encerrada na quinta foi a última atividade desenvolvida pelos diretores Robson Lima e Madalena Reis. Emocionada, Madalena destacou que todas as atividades desenvolvidas no Sinpolzinho nos últimos três anos tiveram o propósito de transformá-lo em um espaço familiar aos policiais civis.
“Eu sei que cada um aqui podia fazer curso em qualquer lugar, mas vocês estão aqui porque aqui é onde estão os colegas policiais civis. A ideia era esta: juntar o novo com antigo, ouvir as histórias, trocar as novidades do momento”, afirmou.
Madalena frisou que o trabalho continuará sendo tocado com o mesmo empenho, agora com os novos diretores: José Carlos Saraiva e Sueli do Monte. “Termino o meu período muito orgulhosa de vocês, por que não desistiram e foram guerreiros. O Sindicato teve um olhar de família para a categoria e continuará tendo”, disse.
Saraiva e Sueli compareceram à solenidade e receberam as boas-vindas. “Estaremos aqui sempre contando com a colaboração dos senhores para fazer um serviço melhor ou igual ao que Robson e da Madalena, que foram ótimos nessa gestão, prestaram. Os dois são grandes amigos que nos permitiram substituí-los nessa empreitada”, ponderou Saraiva.
“É um prazer imenso estar aqui. Nós temos a obrigação de melhorar, mas, se continuarmos fazendo o trabalho excelente que já está sendo feito, nós já teremos alcançando o nosso objetivo”, afirmou Sueli.