Da Diretoria Sinpol-DF
Depois das mudanças dos cargos de delegados-chefes em várias unidades, os “novos chefes” chegam às delegacias querendo implementar uma “nova doutrina”, que já é bem conhecida dos policiais.
Os postos de chefia alcançados na última semana, contrariando as decisões das assembleias das carreiras de policiais civis e de delegados de polícia, contemplaram alguns poucos que visualizaram a condição de se beneficiarem em detrimento da ampla maioria da categoria.
Essa pequena parcela de servidores – menos de 1% de servidores da PCDF – que passarão a engordar suas contas a partir do próximo mês, não podem querer pautar sua felicidade individual em detrimento da ampla insatisfação e indignação de 99% da categoria.
Em face dessas mudanças, em que alguns poucos se aproveitam da condição que vivemos para galgar postos desocupados, o Sindicato esclarece a todos que as condições de trabalho, a falta de efetivo e a recomposição salarial em nada foram modificadas nas últimas semanas.
Também não tivemos conhecimento de que o Código de Processo Penal e o Regimento Interno da PCDF foram alterados. Dessa forma, o Sinpol-DF reitera que as determinações legais e recomendações da operação PCDF Legal deverão ser cumpridas à risca.
Não se submeta a quem insiste em colocá-lo na ilegalidade. Não realize oitivas sem a presença do delegado. Não compareça à locais de crimes sem a presença de delegados. Essa cultura de ilegalidades deve acabar dentro da Policia Civil do DF.
Iremos, novamente, notificar o Ministério Público e Ministério Público do Trabalho sobre essa questão. Infelizmente, os órgãos, que deveriam agir para fazer cumprir a lei, têm se calado sobre esses fatos, que fragilizam a prova testemunhal.
Iremos, ainda, notificar a OAB sobre a ocorrência, no âmbito da Policia Civil, da ausência de delegados durante as tomadas de depoimentos, declarações e interrogatórios. Também iremos intensificar as fiscalizações nas unidades da PCDF.
É certo que a condição de algumas pessoas foi modificada quando da publicação das novas nomeações, mas nossa luta é por paridade para todos, por dignidade para todos.
Nossa luta, que já ultrapassa um ano, tem o intuito de melhorar as condições para todos.