Da Comunicação Sinpol-DF
Começou na última segunda, 20, o Ciclo de Palestras “Conhecendo o Instituto de Identificação”. Realizado na nova sede do II, inaugurada no mês passado, o evento tem como principal objetivo manter fortalecida a integração entre as seções do Instituto, uma das principais características do trabalho desenvolvido na unidade.
Embora ocorra no âmbito institucional, o Ciclo de Palestras é decorrente de uma demanda vinda dos próprios peritos em papiloscopia, que sentiam a necessidade de estabelecer uma cultura de interação e troca de conhecimentos entre si. Com isso, espera-se uma melhoria dos processos realizados dentro do Instituto, sobretudo nas respostas às investigações.
“Aqui no II, o trabalho de uma seção acaba sendo utilizado para o trabalho de outra. É muito comum ter um caso de investigação onde a perícia realizada numa cena de crime, por exemplo, recupera a impressão digital e há uma câmera de segurança que recupera uma imagem facial. O resultado que o Instituto oferece é o somatório desses dois. Essas informações podem e devem ser complementares. Nesse aspecto, esse ciclo de seminários é extremamente vantajoso para o II”, frisa Rodrigo Meneses, diretor-adjunto de Informática do Sinpol-DF e presidente da Associação Brasiliense de Peritos Papiloscopistas (Asbrapp).
Na segunda, 20, ocorreu a primeira palestra: “Novas Tecnologias da Prosopografia”. Na próxima segunda, 27, estão agendadas mais duas: “Necropapiloscopia” e “Representação Facial Humana”. Para encerrar essa primeira etapa, no dia 3 de abril serão realizadas as palestras “Laboratório de Exames Papiloscópicos” e “Laboratório de Processamento de Imagens”.
O perito papiloscopista e chefe da Seção de Prosopografia, Peterson Victorino, foi o primeiro palestrante. Para ele, essa troca de conhecimentos entre os colegas é fundamental para que o trabalho no II seja desenvolvido de forma harmônica.
“Às vezes, o profissional está fazendo determinado trabalho por tanto tempo que só por meio da interação com um colega, que traz um olhar diferenciado, é possível desenvolver protocolos novos ou aplicar alguma alteração nos métodos aplicados. Assim, as seções podem trabalhar cada vez mais em conjunto”, pontua Peterson.
O diretor do II, Claudionor Batista, explica que embora a demanda por eventos como esse, no âmbito institucional, sempre tenha existido, só foi possível realizá-lo neste momento graças à inauguração da nova sede. Segundo ele, esse é só o primeiro de muitos. “Creio que isso será uma constante, porque esse tipo de trabalho nunca vai se esgotar”, diz.
Além da troca de conhecimentos entre os próprios peritos papiloscopistas, o Ciclo de Palestras permitirá a oxigenação do trabalho no Instituto. “Nós temos em andamento um concurso de remoção interno, buscando talentos que queiram trabalhar em setores diferentes. Isso oferece ao servidor uma possibilidade de ter mais qualidade de vida. O Instituto, agora, tem um espaço físico muito grande e isso não pode representar o distanciamento dos profissionais”, acrescenta o diretor do II.
Depois que as palestras sobre todas as seções do Instituto de Identificação forem concluídas, será lançado um documento que compilará os manuais de procedimento de cada área. O material será disponibilizado não só no âmbito da PCDF, mas para outros órgãos e instituições que trabalhem com Perícia Papiloscópica.
A perita papiloscopista e diretora de Comunicação do Sinpol-DF, Celma Lima, defende que eventos como esses possam ser realizados também em outras unidades da PCDF, pelos demais cargos da carreira de policial civil do DF.
“Considero uma iniciativa muito importante no meio policial, não só como uma forma mostrar o trabalho e explorar os conhecimentos, despertando o interesse nos temas, mas sobretudo por oportunizar que outros colegas conheçam melhor o trabalho desenvolvido como um todo, e possam, cada vez mais, melhorar suas habilidades em cada expertise”.
“Assisti essa primeira palestra e fiquei impressionada com a quantidade de novas competências sugeridas, a partir do protocolo de ações da seção, para os peritos em papiloscopia do II”, ressalta Celma.
Segundo ela, por ser algo tão enriquecedor para a Segurança Pública, o Sinpol-DF apoia inteiramente esse tipo de capacitação. “O Sindicato pretende auxiliar no que for preciso para que haja mais policiais envolvidos na busca e disseminação do conhecimento policial. Qualquer unidade pode se programar para desenvolver o ciclo de palestras que o Sindicato estará lá”, anuncia.