06.02.17 - Sessão Solene pelo Dia do Perito Papiloscopista na CLDF

Da Comunicação Sinpol-DF

Os peritos papiloscopistas da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) foram homenageados em uma sessão solene da Câmara Legislativa do DF (CLDF) na noite da última segunda, 6, em alusão ao Dia do Perito Papiloscopista, comemorado em 5 de fevereiro.

A solenidade foi proposta pelo deputado distrital Raimundo Ribeiro (PPS) e foi prestigiada por diversas autoridades, além dos profissionais da área.

O parlamentar afirmou que não existe um corpo técnico tão preparado quanto os papiloscopistas do DF. Ele destacou fatos históricos da trajetória da categoria, como a identificação das vítimas do acidente do voo 1907 da Gol, e defendeu as demandas que, hoje, são prioritárias: o reconhecimento como peritos oficiais, a nomeação dos 124 aprovados no último concurso e a implantação do sistema biométrico de recém-nascidos no Distrito Federal.

“Eu não poderia deixar passar o nosso mandato sem buscar garantir a segurança jurídica necessária para que o trabalho de vocês fosse reconhecido, não apenas pelas indicações, mas principalmente pela qualidade do trabalho desempenhado”, ponderou Raimundo.

Márcia Alencar, secretária de Segurança Pública e Paz Social do DF, também exaltou o trabalho desenvolvido pelos papiloscopistas na PCDF. Ela destacou a importância do trabalho deles para a resolução de crimes na capital federal.

“Nós reconhecemos a legitimidade das reivindicações e a luta diuturna da categoria. Contem comigo como uma aliada de vocês. Vamos lutar pela nomeação dos 124 aprovados, mas, hoje, encontramos dificuldades. Peço compreensão, confiança e paciência”, pontuou a secretária.

PERITOS OFICIAIS

O reconhecimento como peritos oficiais deu o tom do discurso do deputado federal Roney Nemer (PP-DF), que está encaminhando, no âmbito federal, o projeto de lei que atende àquela demanda.

“Nosso compromisso com vocês está honrado”, afirmou. O parlamentar, contudo, teceu críticas ao GDF por causa da demora nas nomeações. “Essa realidade de não chamar os aprovados é cruel. A sociedade precisa que vocês sejam chamados”, reivindicou Roney.

O diretor-geral da PCDF, Eric Seba, também defendeu o reconhecimento oficial dos papiloscopistas como peritos oficiais. Por outro lado, ele não indicou como a instituição tem, na prática, defendido esse pleito.

“Todos [da Polícia Civil] somos peritos; peritos em investigação. O laudo é um documento expedido por quem tem especialização naquilo que faz e a importância do trabalho dos papiloscopistas na Polícia Civil, ninguém tira. A Polícia Civil do DF é reconhecida pelo trabalho desenvolvido com a identidade solidária, ou seja, uma identidade social. A função policial é fundamental, mas a função social ninguém suplanta”, discursou.

O diretor da PCDF também mencionou as dificuldades orçamentárias para as nomeações, mas disse que já existe um cronograma para ser executado durante este ano “que não é satisfatório”, mas ele destacou a importância de encher o novo prédio do Instituto de Peritos Papiloscopistas.

Eric ainda falou sobre união na Polícia Civil, afirmando que é preciso retomá-la. “O comando de uma instituição não é posto pela hierarquia salarial, mas pela liderança. Temos tentado construir as soluções para os problemas que enfrentamos, mas precisamos unir a nossa instituição”, acrescentou.

VALORIZAÇÃO

O diretor do Instituto de Identificação, Claudionor Batista, lamentou a redução do efetivo de peritos papiloscopistas. Ele pediu às autoridades que compareceram à homenagem que tenham “compromisso com a nomeação dos aprovados no último concurso”.

“Está na hora da estrutura de governo perceber que é preciso haver a sucessão do trabalho. Esse é o tipo de motivação que esperamos”, afirmou.

Em seu pronunciamento, o presidente do Sinpol-DF também mencionou o pleito dos papiloscopistas pelo reconhecimento como peritos oficiais. Para ele, o reconhecimento deve, sobretudo, vir de dentro da Polícia Civil – o que ainda não ocorre.

“Infelizmente, e há muito tempo, a Polícia Civil do DF é dividida em castas. E isso tem que mudar. Todos precisam ser valorizados da mesma forma. É preciso não só parabenizar e dizer que precisa de união, mas é preciso o reconhecimento efetivo vindo da instituição. A Polícia Civil deveria ser a primeira a reconhecer os papiloscopistas como peritos, mas ainda não o faz”, alertou o presidente do Sinpol-DF.

Ainda de acordo com o presidente do Sindicato, todos os sete cargos da PCDF carecem de reconhecimento. Ele lembrou que no ano passado, na mesma solenidade, fez uma série de reivindicações que ainda não foram cumpridas.

“A Polícia Civil é uma engrenagem de sete cargos. E cada um é fundamental para que a instituição tenha o nome que tem. Não queremos só homenagens, “reconhecimento de boca”: queremos o reconhecimento efetivo, a valorização efetiva. Até hoje não reconhecem as nossas atribuições de nível superior. Temos lutado na atual gestão e vamos lutar até o dia 30 de abril pelo reconhecimento de todos dentro da Polícia”, frisou o presidente do Sinpol-DF.

HOMENAGENS

Ainda discursaram a deputada distrital Celina Leão (PPS), o presidente do Sindicato dos delegados de polícia Civil do DF (Sindepo-DF), Rafael Sampaio, o vice-presidente da Federação Nacional dos Peritos Papiloscopistas (Fenappi), Nilton Pfeifer, e o representante da OAB/DF, Lairson Bueno.

Um grupo de aprovados no último concurso para peritos papiloscopistas da PCDF também acompanhou a solenidade.

O presidente da Associação Brasiliense de Peritos Papiloscopistas (Asbrapp) encerrou os discursos destacando que as sessões solenes são importantes para o nascimento de ideias e agradecendo a todos que exaltaram os profissionais.

“É muito gratificante poder presenciar várias autoridades defendendo a nossa categoria. Estamos sendo muito bem recebidos aqui na CLDF. Este dia é muito importante para nós”, comemorou.

A sessão foi encerrada com a homenagem a 18 peritos papiloscopistas que se aposentaram em 2016. Cada um deles recebeu um certificado de reconhecimento pelos serviços prestados e um botom com o símbolo da impressão digital ofertado da Asbrapp.

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