Para o Sinpol-DF, o recall das armas deveria ser completo (Foto: Paulo Cabral/Arquivo Sinpol-DF)

Da Comunicação Sinpol-DF

Em um comunicado veiculado na intranet da Polícia Civil do DF (PCDF), a Divisão de Controle de Armas, Munições e Explosivos (Dame) anunciou que os servidores com as pistolas 24/7 e 640 serão convocados a apresentar as armas para manutenção preventiva da fabricante.

Esses armamentos, produzidos pela empresa Forjas Taurus, são amplamente utilizados pelos policiais civis, mas têm apresentado falhas que, de forma recorrente, levam a disparos acidentais – situação denunciada pelo Sinpol-DF há mais de um ano.

Apesar da importância dessa manutenção, como forma de minimizar possíveis problemas, o Sindicato entende que a ação não é suficiente, uma vez que já ficou comprovado que essas armas apresentam um grave defeito de projeto.

A cobrança da atual diretoria do Sinpol-DF é de que seja realizado um recall completo.

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O diretor-adjunto de Comunicação do Sindicato, que já foi vítima de um disparo acidental por pistola da Taurus, entende a medida da empresa como um “recall branco”, a fim de se evitar o alerta amplo que deveria ocorrer em casos como esse.

“Em um recall de verdade é preciso informar o ocorrido e esclarecer sobre os procedimentos a serem adotados para a solução do problema, por meio de uma série de anúncios em jornal, rádio e TV, como estabelece o Código de Defesa do Consumidor”, esclarece o diretor.

As normas para recall são regulamentadas pelo Ministério da Justiça por meio da Portaria 487/12. Nesse caso, deveria haver a informação sobre que tipo de procedimento será realizado nas armas, se haverá troca de peças e o principal, se o defeito será sanado.

“Eles estão tentando reverter os defeitos através de manutenções pontuais, sem que todos os produtos sejam levados de volta à linha de montagem, como deveria ocorrer por se tratar de uma questão de segurança para os consumidores”, denuncia o diretor.

Outra luta do sindicato é pela quebra do monopólio da Taurus no mercado nacional. Isso possibilitaria que armamentos de outros fabricantes e com mais qualidade possam ser utilizadas pelos policiais – a exemplo do que já acontece com a Polícia Federal, que utiliza armamento importado de alta qualidade.

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