Da Comunicação Sinpol-DF
A agente policial de custódia da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e autora de livros infantis, Giulieny Matos lançou duas de suas obras durante a Terceira Bienal Brasil do Livro e da Leitura, realizada no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, no dia 25 do último mês.
Entre as novas produções apresentadas ao público estava “O cardápio maluco”, que já é o terceiro livro publicado pela policial civil. Por sua vez, “A menina tagarela”, segunda obra de Giulieny, foi selecionada por meio de um edital público e lançada oficialmente na Bienal – ocasião em que a autora também promoveu um desfile para crianças.
A personagem principal do livro é uma menina negra e que tem o cabelo afro, o que motivou Giulieny a fazer o desfile, como forma de despertar, desde a infância, o orgulho pela identidade própria e a valorização da diversidade.
“Em geral, durante o lançamento de livros infantis é feita a contação de história, mas, dessa vez, eu resolvi fazer algo diferente e inventei o desfile. O objetivo foi valorizar o cabelo afro e dar às crianças a liberdade para escolher de que forma querem usar seus cabelo”, explica.
É uma questão importante, que, inclusive, costumo discutir nas escolas em que eu sou chamada para apresentar o livro”, acrescenta a agente policial de custódia.
INSPIRAÇÃO
Já o enredo de “O cardápio maluco”, traz pai e filho em situações divertidas que envolvem principalmente a alimentação do menino.
Segundo Giulieny, a obra lida com a aproximação entre o pai e o filho, explorando a relação íntima entre eles, e, assim como “A menina tagarela”, conta uma história baseada em situações reais.
“Eu me inspiro nas ações do cotidiano, em casa, com os meus filhos e sobrinhos. Tem um pouco de família em cada uma das histórias”, revela a autora.
“Eu escrevo pensando em como despressurizar situações cotidianas”, afirma a policial civil, lembrando ainda de seu primeiro livro: ‘A menina derretida’. “Ele tem inspiração na minha filha que, quando chorava muito, eu falava que ela ia derreter”.
Sobre o “O cardápio maluco”, a obra mais recente, Giulieny ressalta que, durante a Bienal, já foi possível ter um vislumbre acerca da recepção, apesar de “a caminhada com o novo livro estar apenas começando”.
“Foi bem gratificante participar da Bienal e perceber que o pessoal gostou bastante do livro e o achou muito engraçado. Foi muito bacana”, comenta.
CARREIRAS
A agente policial de custódia, que é formada em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (UnB), conta que sempre gostou de escrever. Segundo ela, depois de escrever o primeiro livro infantil, não pôde mais parar de produzir. “Uma coisa que era brincadeira acabou virando outra profissão”, brinca.
Sobre as carreiras que parecem tão distantes, Giulieny se mostra feliz em poder quebrar o estereótipo quando se revela agente policial de custódia e autora de livros infantis. “Os policiais não são brutos, têm essa parte humana”, explica. “Esse meio truculento faz com que a gente procure algo que conforte o espirito”, acrescenta.
Giulieny conta ainda o quanto lhe faz bem receber o carinho de seus leitores, tanto crianças quanto pais, além das diversas homenagens que já recebeu em escolas infantis por onde passou com seus livros.
“Esse retorno que é a minha felicidade plena. Eu quero ser lida, quero que as crianças leiam meus livros, aprendam e se divirtam”, frisou.
Conheça mais sobre o trabalho de Giulieny Matos e onde adquirir as obras no blog dela.
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