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Representantes e diretoria do Sinpol-DF discutiram a “PCDF Legal” (Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)

Da Comunicação Sinpol-DF

Em reunião nesta segunda, 28, a diretoria do Sinpol-DF e os representantes sindicais de base voltaram a discutir a “PCDF Legal”. O consenso é de que a operação, deflagrada há quase cinco meses, tem cumprindo com o objetivo ao comprovar a falta de condições de trabalho e sobrecarga de atividades desenvolvidas pelos policiais civis, conforme dados levantados pelo próprio sindicato.

Por outro lado, há a percepção da necessidade em reforçar a importância dela junto à categoria para que os policiais mantenham-se focados e motivados em continuar seguindo-a.

Para o secretário geral do Sinpol-DF, Paulo Sousa, os representantes sindicais são peças fundamentais nesse aspecto. “Cada um de vocês está nas bases, ao lado dos colegas e pode oferecer apoio; vocês são importantíssimos nesse processo”, afirmou.

Paulo acrescentou que a “PCDF Legal” está trazendo uma nova consciência para a categoria, ao sinalizar que não é só com greve que se pode fazer mobilização. Por isso, na ótica dele, é possível afirmar que o movimento é vitorioso.

“Embora seja nova, a operação está dando certo. É fato que vamos ter que ir administrando doses de motivação aos policiais civis. Mas temos alertado, desde o início, que será um movimento longo, uma vez que o GDF tem se demonstrado muito resistente ao diálogo.”, ponderou.

Como prova disso, os representantes sindicais indicaram várias unidades em que a “PCDF Legal” vem sendo seguida à risca. Há delegacias onde, depois do início da operação, todas as oitivas passaram a ser programadas conforme a agenda de todos os servidores envolvidos, como delegado, escrivães e agentes.

ÍNDICES

Além disso, um balanço preliminar constatou que nos primeiros meses deste ano a média de inquéritos relatados girava em torno de 1.800 a 1900. Já no mês de outubro, durante a “PCDF Legal” esse número chegou a 880. No mesmo período, a média de prisões em flagrante da PCDF girava em torno de 300/350 por mês.

Neste período de final de ano, em razão da falta de condições adequadas de trabalho e falta de efetivo, esses números têm chegado a uma média de 90 a 100 flagrantes por mês.

Trata-se, portanto, de uma demonstração clara do quão extrapolada era a carga de trabalho dos policiais civis e o nível de acúmulo de função a que eles vinham se submetendo.

“Antes, nós trabalhávamos além das nossas funções. Trabalhando na ilegalidade, nós batíamos recordes, mas, em contrapartida, o governo e a Polícia nos viraram as costas. Mas ainda há muita gente que insiste em trabalhar na ilegalidade, frisou Rodrigo Franco “Gaúcho”, presidente do Sinpol-DF.

Ainda nesse âmbito, discutiu-se, sobretudo, a questão relacionada às exonerações das chefias das 17ª, 29ª e 32ª Delegacias de Polícia e a suposta reabertura do plantão de mais algumas unidades – medidas que, na avaliação da diretoria, não possuem condições de implementação, uma vez que não há efetivo.

O grupo sugeriu ações de manifestação para voltar a protestar contra as exonerações seletivas. Em outra via, o Sinpol vai estabelecer um calendário de visitas às delegacias circunscricionais que começa já a partir desta terça, 29. O objetivo é conscientizar os policiais civis acerca das diretrizes da operação, sobretudo no que diz respeito às oitivas sem a presença de escrivães e delegados e incentivar a motivação da categoria.

Os representantes e os diretores do sindicato também debateram os cenários que podem se estabelecer com as possíveis mudanças no secretariado que o GDF – especialmente na Secretaria de Segurança Pública – e como isso pode afetar os policiais civis, que já sofrem total abandono tanto por parte da direção geral da PCDF quanto da SSP.

CONVOCAÇÃO

A diretoria trouxe, ainda, a informação de que a nova campanha publicitária, desenvolvida pela agência Momento Promo, entra em vigor a partir desta quinta, 1º de dezembro.

Foi reforçada a convocação para a Audiência Pública sobre a Federalização da Segurança Pública do DF na quinta, 1º, às 14h, no Plenário 01 do Anexo II da Câmara dos Deputados. O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, confirmou a participação.

Ficou definida também a realização de uma manifestação na próxima terça, 6 de dezembro, no Complexo da PCDF, para lembrar do aniversário de 1 Ano do engavetamento do relatório do GT das Atribuições pelo diretor geral da PCDF.

O ato também vai cobrar, mais uma vez, a publicação das exonerações dos cargos de chefia entregues há mais de quatro meses, além de alertar que novas exonerações seletivas serão repudiadas, bem como novas nomeações a cargos comissionados serão tidos como atos de traição ao movimento da categoria.

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