Da Comunicação Sinpol-DF

Cerca de mil policiais civis compareceram à manifestação no Planalto (Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)
Cerca de mil policiais civis compareceram à manifestação no Planalto (Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)

A atuação do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) nesta segunda, 24, na luta pela manutenção da isonomia com a Polícia Federal (PF) foi além da paralisação de 48 horas iniciada ainda durante amanhã.

Além dos piquetes nas delegacias, a diretoria abriu mais duas frentes de trabalho nas quais a participação dos policiais civis também foi fundamental: às 16h, um grupo se reuniu em frente ao Palácio do Planalto para uma manifestação em conjunto com o Sindicado dos Delegados de Polícia do DF (Sindepo-DF) e outro foi acompanhar a votação do Projeto de Lei (PL) 5865/16, na Câmara Federal.

Na primeira, cerca de mil policiais se ajuntavam na Praça dos Três Poderes quando o ex-vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filippelli, atualmente chefe de gabinete do presidente Michel Temer, recebeu um grupo de dirigentes dos dois sindicatos para uma conversa, que aconteceu do lado de fora do palácio.

Filippeli disse que fará interlocução com o presidente Michel Temer
Filippeli disse que fará interlocução com o presidente Michel Temer

INTERLOCUÇÃO

O grupo cobrou dele um trabalho de interlocução com o presidente Michel Temer para que o impasse em torno da isonomia seja resolvido. A entrada do governo federal é vista como fundamental porque a PCDF é, constitucionalmente, organizada e mantida pela União.

“É importante o governo federal entrar nessa discussão toda porque aqui estão as embaixadas; todos os poderes constituídos. Hoje, nós estamos enfrentando uma crise grave na Polícia Civil. O governador resolveu fingir que não está vendo o que está acontecendo de fato pensando que o problema vai sumir e não vai sumir”, relatou Rodrigo Franco “Gaúcho”, presidente do Sinpol-DF.

Bessa destacou pedido de indicação para MP que beneficia policiais civis
Bessa destacou pedido de indicação para MP que beneficia policiais civis

Embora tenha ocorrido na portaria de entrada do Planalto, o encontro, rápido, teve um resultado positivo: Filippelli se comprometeu em levar a questão ao presidente e buscar uma agenda para que ele se reúna com os sindicatos.

APOIO

O ex-vice-governador do DF explicou, contudo, que já levou relatos do problema a Michel Temer e garantiu que a categoria não ficará sem apoio. “Eu vou recebe-los onde for possível, mas vocês não ficarão sem a conversa olho-no-olho”, assegurou Filippelli.

Ele disse, ainda, que não deixará de considerar que a Polícia Civil “é um dos grandes patrimônios de Brasília”, assim como as demais forças de Segurança Pública.

Policiais civis também acompanharam a votação do PL
Policiais civis também acompanharam a votação do PL

Gaúcho reiterou a cobrança, citando a grande instabilidade emocional que tem pairado sobre a categoria diante do impasse nas negociações. “Nós já comunicamos ao governador e a toda a sua governança, alertando-os de que, daqui a pouco, vai acontecer uma tragédia e isso não é o que queremos”, disse o presidente do Sinpol-DF.

PL 5865/16

Logo depois, houve a votação do relatório do PL 5865/16, na Câmara Federal. O acesso foi limitado, mas muitos policiais civis compareceram ao Plenário 2 da Ala das Comissões. O processo foi adiado na semana passada após pedido de vista e remarcado para esta segunda.

A fim de acelerar a votação, os deputados firmaram um acordo para votar o projeto sem a emenda que incluía os policiais civis na data base dos policiais federais. A condição para isso foi que todos assinarão um pedido de indicação para que o presidente Michel Temer envie à Câmara uma Medida Provisória (MP) que garanta a recomposição salarial daquela categoria.

Relator do PL, o deputado federal e ex-delegado da PCDF, Laerte Bessa (PR-DF) lamentou ter que retirar a emenda, mas o fez para “evitar prejuízos ao projeto”.

VOTAÇÃO

“Quando escolhi uma emenda agraciando a PCDF, eu a inseri porque era constitucional e não atrapalharia em momento algum o andamento do projeto. Mas quero mandar um recado para o governador do DF, dizendo que a nossa luta não vai acabar aqui. Nossa Polícia não é de entregar os pontos. Nós vamos até o último momento lutar por essa equiparação, essa paridade, que é de direito dos policiais civis e que, hoje, está sendo usurpada”, discursou Bessa.

A votação ia ser iniciada quando a Comissão foi informada do início da Ordem do Dia – o que, pelo regimento da Câmara, impede o trabalho nas comissões para que os parlamentares se dirijam ao Plenário – e, por isso, a sessão foi, mais uma vez, suspensa.

Uma nova votação ficou marcada para quarta, 26, às 9h. Desde já, a diretoria convoca todos os policiais civis a comparecer à sessão para pressionar os deputados a assinar o pedido de indicação da MP.

 

rodapeO Sinpol-DF também está no WhatsApp. Adicione: (61) 999 197 197. Saiba mais.

Filiação