(Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)
Deputados vão buscar reuniã entre as entidades e o governador nos próximos dias (Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)

Da Comunicação Sinpol-DF

Dirgentes do Sinpol-DF, Sindepo e das associações que representam os cargos da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) foram recebidos na tarde desta quarta, 5, por deputados distritais que integram o bloco “Sustentabilidade, Trabalhismo e Solidariedade”.

A reunião do grupo ocorreu no gabinete do deputado Cláudio Abrantes (Rede) e, além dele, participaram os deputados Reginaldo Veras (PDT), líder do bloco, Joe Valle (PDT) e Professor Israel (PV).

Segundo Abrantes, o encontro foi motivado para que as entidades e os parlamentares pudessem discutir sobre como resolver o impasse na negociação pela manutenção da isonomia da Polícia Civil com a Polícia Federal.

“Essa crise está tomando uma proporção em que todos estão perdendo, principalmente a sociedade. Queremos contribuir para que encontremos um caminho”, afirmou o distrital que também é policial civil do DF.

RECOMPOSIÇÃO

O presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco “Gaúcho”, fez um panorama de todo o movimento em torno da isonomia, destacando o fato de o governador ter recuado tanto nas promessas que fez à categoria, quanto nas propostas apresentadas até agora.

“Nós passamos pela pior crise das últimas décadas. Todas as carreiras tiveram uma recomposição, todos avançaram no seu pleito, menos os policiais civis. O governo está muito resistente e intransigente”, explicou.

Gaúcho lembrou, ainda, que o GDF alega não ter recursos, mas ignora que o Fundo Constitucional – criado pra custear a Segurança Pública – será incrementado em quase R$ 800 milhões no próximo ano.

Na contramão disso, porém, o governo enviou uma proposta orçamentária que reduz em mais de R$ 400 milhões os recursos destinados ao custeio de pessoal.

“Fomos a todas as reuniões esperando avanços, mas só houve recuo. O governador está desconsiderando as nove mil famílias que dependem disso”, acrescentou o presidente do Sinpol-DF.

COLAPSO

Rafael Sampaio, presidente do Sindepo, também criticou a postura do GDF. Para ele, o governo precisa tratar da negociação “com clareza”. Além disso, o dirigente sindical cobrou uma mudança de postura política do governador Rodrigo Rollemberg para com a categoria.

Em consonância com Gaúcho, Sampaio também afirmou que “não adianta sentar à mesa para negociar, enquanto o orçamento não contempla recursos para a área de pessoal”.

“Fica claro, para nós, que o governo não quer nos dar nada. Não temos delegados para abrir as delegacias por 24 horas. O governo não tem sensibilidade. A instituição vai colapsar. Estamos à beira de um desastre”, acrescentou o presidente do Sindepo.

ISONOMIA

Além de Gaúcho e Rafael, compareceram à reunião o presidente da Associação Brasiliense de Peritos Criminais (ABPC), Bruno Telles, e a diretora administrativa da entidade, Ana Kalil, a vice-presidente da Associação Brasiliense dos Peritos Papiloscopisas (Asbrapp), Fabíola Maciel e os presidente da Associação Geral dos Servidores da PCDF (Agepol), Francisco D’Sousa, da Associação Brasiliense de Medicina Legal (ABrML), Aluísio Trindade, e da Associação Brasiliense dos Agentes Policiais de Custódia (AAPC), Alexandre Moraes.

D’Sousa ponderou que a isonomia entre a PCDF e a PF é legal e existe desde 1965. Ele explicou que mesmo com o envio da mensagem com o impacto financeiro pelo GDF, o governo federal precisa chancelar. Por isso, não deveria haver resistência do governador.

“Nós somos a única categoria que precisa sentar com dois patrões: o governo distrital e o federal. O que queremos é um direito. Nossa data-base é a da Polícia Federal”, assegurou.

Nesse sentido, Gaúcho acrescentou que por pelo menos três vezes os policiais civis não receberam qualquer proposta salarial porque o governo federal, nessas oportunidades, também não havia feito qualquer proposta aos policiais federais.

“Nós já fomos prejudicados por causa da paridade, pois quando a Polícia Federal não avançou, nós também não. Quando o acordo começou a ser acertado com o governo federal, o governador nos prometeu que manteria a isonomia, mas não cumpriu”, lembrou.

REUNIÃO

Depois de ouvir os dirigentes sindicais, o deputado Reginaldo Veras, líder do bloco, prometeu entrar em contato com o governador para agendar uma reunião com o grupo até segunda, 10.

O distrital afirmou que caso a demanda não seja atendida, o bloco que ele lidera não irá mais participar das reuniões semanais com Rodrigo Rollemberg e “em um segundo momento, verificar outras medidas”.

Além disso, Cláudio Abrantes defendeu que os deputados devem pedir a reabertura do canal de negociação. Ele afirmou que o GDF precisa encarar a isonomia dos policiais civis “como uma questão de justiça com a categoria”.

 

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