Da Comunicação Sinpol-DF
Os policiais civis do Distrito Federal reuniram-se na última terça, 6, em mais uma assembleia convocada pelo Sinpol-DF, desta vez em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), na Esplanada dos Ministérios.
Logo no início, a categoria deliberou acerca da proposta colocada à mesa pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em uma reunião na segunda, 5, no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Os representantes do governador Rodrigo Rollemberg ofereceram uma recomposição de 7% para outubro de 2017, 8,5% para outubro de 2018, 5% para outubro de 2020 e 4,5% para outubro de 2021. Por unanimidade, a proposta foi rejeitada.
O presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco “Gaúcho”, lamentou a maneira como o GDF vem conduzindo a questão por só retroceder ao invés de avançar nas negociações. “Esse jogo do GDF é humilhante, mas temos que enfrentar, pois estamos lutando pela dignidade da categoria e da nossa família”, criticou.
A realização da assembleia no MPOG sinaliza para outra medida dentro dessa mobilização da categoria: o Jurídico do Sinpol-DF vai ingressar com um requerimento administrativo para inquirir o governo federal a se posicionar sobre a situação dos policiais civis.
“Nós estamos no momento de lutar. Os policiais civis não vão desistir dessa luta. Nós não podemos aceitar uma proposta que não contemple nossas perdas mínimas”, acrescentou o secretário geral do Sinpol-DF, Paulo Sousa.
Diante dos sucessivos retrocessos do GDF na negociação, o presidente da Associação Geral dos Servidores da Polícia Civil do DF (Agepol), Francisco “D’Sousa”, disse que é urgente questionar, juridicamente, a competência do governo local para lidar com a remuneração dos Policiais Civis do DF.
“PCDF LEGAL”
Gaúcho frisou que desde o início da operação “PCDF Legal”, o sindicato tem agido em diversas frentes para pressionar o governo. A entrega dos mais de mil cargos de chefias, um dos pontos altos do movimento, ainda não foi devidamente formalizada por meio da publicação no Diário Oficial.
Por isso, o Sinpol-DF entrou com um mandado de segurança com pedido liminar para que a Justiça obrigue o GDF a efetivar as exonerações.
“Nós estamos em um movimento que ainda não conseguiu atingir sua plenitude, o que virá com a publicação das nossas exonerações”, explicou Fernando Ferreira, diretor de Relações Sindicais adjunto do Sinpol-DF.
“Nós estamos partindo para a batalha como uma categoria forte e valorosa. Nós já temos nossa cota de sacrifícios e não vamos faltar à luta”, ponderou Fernando.
DELIBERAÇÕES
Os mais de três mil policiais que compareceram à assembleia acataram as sugestões da diretoria do Sinpol-DF e votaram, em ampla maioria, pela manutenção da “PCDF Legal” e realização de uma nova Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para esta sexta, 9, na Praça do Buriti, às 13h30.
O evento ocorrerá no mesmo momento de uma audiência de conciliação entre representantes do GDF e dirigentes do Sinpol-DF e Sindepo-DF que tratará do pedido de ilegalidade da paralisação deflagrada pelos policiais civis no dia 4 de agosto.
Espera-se que dessa reunião surja uma nova proposta, que será submetida à aprovação pela categoria já na assembleia.
CRIMINALIDADE
A assembleia de terça foi encerrada com um grande ato que expôs o descaso do GDF com a Segurança Pública: o grupo saiu em caminhada até o gramado do Congresso Nacional onde foram fincadas 1.073 cruzes, em uma referência ao número de vítimas de mortes violentas (homicídios e latrocínios) nesse um ano e 8 meses da gestão de Rodrigo Rollemberg.
“Estamos, aqui, denunciando as mortes ocorridas no “Governo Rollemberg”; 1.073 mortes cuja responsabilidade é dessa administração”, destacou Gaúcho.
O presidente do Sinpol-DF destacou outros números que atestam o sucateamento da Segurança Pública no DF, como as mais de 50 mil pessoas vítimas de roubos a pedestres no mesmo período. “Hoje, a Segurança Pública da capital está em colapso”, disse.
O ato foi finalizado com um abraço coletivo em volta das cruzes. Em um momento de silêncio, os policiais civis prestaram solidariedade às vítimas.
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