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Reunião ocorreu no Buriti com dirigentes do Sinpol, Sindepo e representantes do governo e da PCDF (Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)

Da Comunicação Sinpol-DF

Em mais uma reunião com dirigentes do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) e do Sindicato dos Delegados de Polícia (Sindepo) para tratar da manutenção da isonomia com a Polícia Federal (PF), o Governo do DF (GDF) não apresentou qualquer proposta.

No encontro, que ocorreu na manhã desta segunda, 15, no Palácio do Buriti, os secretários da Casa Civil, Sérgio Sampaio, e da Fazenda, João Antônio Fleury, voltaram a repetir a alegação da falta de recursos. Eles sequer sustentaram a proposta apresentada há duas semanas, quando as entidades a recusaram.

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Dirigentes dos sindicatos lamentaram postura do GDF com a reivindicação da categoria policial civil do DF

Também participaram a secretária de Planejamento do GDF, Leane Lemos, a procuradora-geral do DF, Paola Aires, o subsecretário de Relações do Trabalho e do Terceiro Setor, Márcio Gimene e o diretor geral da PCDF, Eric Seba.

O resultado é encarado como frustrante pelos dirigentes do Sinpol-DF, que aguardavam um posicionamento mais contundente do governo acerca da recomposição salarial da categoria, que amarga perdas inflacionárias de quase 50%.

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Gaúcho criticou as alegações do governo para não apresentar proposta

“O governo insiste em nos empurrar para uma situação de colapso. Desde o começo estamos abertos ao diálogo, mas vocês nos colocam em sentido contrário”, criticou o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco “Gaúcho”.

RECURSOS

Sérgio Sampaio insistiu em dizer que o governo “defende o pleito e a isonomia” e sugeriu que as entidades se unam ao governo para estudarem, juntos, medidas que levem o governo a aumentar a arrecadação e, assim, obter recursos para custear o reajuste da categoria.

O argumento foi prontamente rebatido por Gaúcho. Ele informou que só no próximo ano, o Fundo Constitucional vai aumentar em cerca de R$ 780 milhões. O montante é suficiente para absorver o impacto de um reajuste aos policiais civis dentro do que o governo federal acertou com a PF.

“Nossa recomposição é baseada no Fundo Constitucional, que é a única fonte de recursos para a Segurança Pública. Para nós, essa crise é utilizada pelo governo para captar mais recursos”, acrescentou o presidente do Sinpol-DF.

DIÁLOGO

O secretário Geral do Sinpol-DF, Paulo Sousa, afirmou que é preciso que o GDF enxergue a realidade dos policiais civis. “Esse posicionamento do governo é inconcebível. Mesmo com a isonomia, nossa defasagem, em 2019, será a mesma de hoje”, projetou.

Para o diretor de Relações Sindicais adjunto, Fernando Ferreira, não há motivos para que o GDF não concretize uma proposta. “Estamos sendo massacrados nesses sete anos. É preciso que o governo resolva esse problema”, acrescentou.

A postura do governo também foi rechaçada pelos demais representantes das duas entidades, incluindo o deputado distrital Cláudio Abrantes (Rede), que também é policial civil. “Em todas as reuniões que tivemos até hoje, colocamos a questão da paridade. Entendemos o cenário financeiro, mas precisamos de uma proposta. O policial civil é compromissado, mas o Estado não olha para ele. Precisamos, urgentemente, de um sinal”, lamentou.

O presidente do Sindepo, Benito Tiezzi, fez coro ao posicionamento do parlamentar. “Ficamos aguardando a paridade enquanto outras carreiras eram reestruturadas. Agora em que chega o momento de ela ser posta, o governo nos cerceia. Nós nunca vimos isso na história da Polícia Civil. De todos os níveis de estímulo que a categoria tem, hoje estamos no menor, perto do colapso”, assegurou.

ENTREGA DOS CARGOS

A reunião ocorreu às vésperas da assembleia convocada pelo Sinpol-DF, marcada para esta terça, 16, às 14h, no Complexo da PCDF. Nesse cenário, é inevitável que a mobilização da categoria assuma um viés mais radical.

A entrega dos cargos de chefia – cerca de mil, considerando os dos policiais civis e dos delegados, além da cúpula da PCDF – será o grande marco para demonstrar a insatisfação dos policiais civis.

“A Polícia Civil vai ficar insustentável. A categoria está disposta a lutar pelo que é justo; por um ideal. Os policiais civis acreditaram no governador, mas agora ele fechou as portas para as negociações. O que vemos é uma injustiça com mais de 9 mil famílias. Nunca tivemos uma situação como essa. Chegamos ao nosso limite”, afirmou o presidente do Sinpol-DF.

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