Manifestacao contra PLP 257 em frente ao Min. Fazenda - Paulo Cabral (14)
Servidores decretaram a “morte” do PLP durante o ato; eles prometem mais mobilizações (Fotos: paulo Cabral/Sinpol-DF)

O Projeto de Lei Complementar (PLP) 257/16 foi alvo de protesto na última quarta, 13, durante um ato convocado por diversas entidades representativas de servidores públicos na Esplanada dos Ministérios. O Sinpol-DF foi uma das instituições que compareceram à manifestação.

Com faixas, balões e gritos de ordem, eles bradaram, em diversos momentos, que “não vai ter golpe contra o servidor” e decretaram, por um ato simbólico com flores, um boneco e um caixão a “morte” do PLP.

A ideia é intensificar o movimento até que o governo federal recue da proposta; há a possibilidade de uma greve geral nacional de todas as categorias do serviço público, seja federa, estadual ou municipal.

O PLP 257, como é conhecido, trata de um acordo entre os governos estaduais e o federal para repactuação da dívida de estados e municípios. A proposta tramita na Câmara em regime de urgência e, se aprovada, provocará prejuízos sem precedentes para os servidores públicos: aumento da contribuição previdenciária, congelamento de salários e limitação de benefícios, progressões e vantagens, entre outros aspectos.

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Segundo Rincon, a única coisa boa que o PLP trouxe foi a união dos servidores contra a proposta

Nas palavras do vice-presidente do Sinpol-DF, Renato Rincon, trata-se de um “pacote de maldades”, contra os trabalhadores. Segundo ele, a única coisa que esse PLP trouxe foi a “união de todos os servidores do Brasil”. Ele lembrou, ainda, que os servidores públicos representam apenas 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país enquanto o que se gasta com o pagamento dos juros da dívida do país corresponde a 50%.

“Esse ato deve ser encarado como o início de uma mobilização nacional para a retirada desse projeto pernicioso. Não vamos retroagir; precisamos fortalecer ainda mais esse movimento”, afirmou Rincon ao lado de outros dirigentes de sindicatos, federações e confederações que discursaram durante o protesto.

Além da diretoria do Sinpol-DF, e de policiais civis do DF convocados pelo Sindicato, um grupo de aprovados no último concurso para papiloscopistas da Polícia Civil do DF compareceu à mobilização para reforçar a manifestação – um dos itens do PLP trata da suspensão de concursos públicos e nomeações por dois anos. Também participaram do ato a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), a Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) e da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF).

Jânio Granda, presidente da Cobrapol, lamentou que antes do ato o governo chegou a prometer que retiraria o PLP da pauta, mas isso não ocorreu. “O projeto continua tramitando com urgência. Não podemos aceitar que isso prossiga, pois quem perde é toda a sociedade. O serviço público vai ser esfacelado”, bradou.

Nesta quinta, a mobilização dos sindicatos, federações e confederações continua, mas dentro do Congresso, a fim de tentar barrar a votação.

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