A comissão de aprovados no concurso de 2014 da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) tem acompanhado as publicações do Diário Oficial do DF e evidenciado as constantes aposentadorias de servidores da instituição – sem a contrapartida de novas nomeações.
Segundo o último levantamento da comissão, 41 policiais civis, além de seis delegados, já se aposentaram desde o início do ano. Apenas com as aposentadorias publicadas na última quarta-feira, 17, ficaram vagos 20 novos cargos na PCDF.
Até o fim de 2016, é esperado que cerca de 400 policiais completem o tempo de serviço, intensificando ainda mais o déficit no quadro da instituição – que atua hoje com menos de 50% da sua capacidade de recursos humanos.
No último mês de janeiro, durante a solenidade em que decretou a criação de uma delegacia de combate à intolerância, o governador Rodrigo Rollemberg anunciou a convocação de parte dos aprovados. Até o fim de fevereiro, segundo ele, seriam nomeados 20 escrivães e cem agentes de polícia.
“Estamos avaliando como está avançando o orçamento e a nossa arrecadação para, nas próximas semanas, apresentar um cronograma de contratação de novos profissionais da segurança pública”, comunicou Rollemberg na ocasião.
Até o momento, no entanto, não foi nomeado nenhum dos 67 escrivães e 358 agentes de polícias que já passaram pela Academia de Polícia e estão aptos ao trabalho. Cerca de um mês depois do anúncio, o cronograma prometido também não foi apresentado.
“Ainda que todas as nomeações pendentes sejam feitas, só será coberto parte do total de policiais recentemente aposentados. É um total muito distante da quantidade de cargos vagos na Polícia Civil do DF, que, hoje, ultrapassada os quatro mil”, observa Rodrigo Franco, o Gaúcho, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF).
“Precisamos que o governador e a Direção Geral estejam dispostos a um diálogo mais aberto com o sindicato, para que possamos construir um caminho que sedimente melhorias reais de trabalho para os policiais civis, que estão há 6 anos sem uma recomposição salarial e com um efetivo menor que o do ano de 1993”, acrescenta Gaúcho.
JUNTOS SOMOS FORTES!