Um grupo de aprovados no último concurso para papiloscopista policial, cujo edital foi lançado em dezembro de 2014, montou uma comissão para reivindicar a convocação de todos os aprovados para o curso de formação.
Eles têm participado de vários eventos públicos. Na última quinta, 28, a comissão, encabeçada por sete pessoas, esteve no Seminário “Audiência de Custódia” que aconteceu na CLDF. Na oportunidade, eles empunharam uma faixa no auditório com o objetivo de chamar a atenção para a causa deles.
A seleção está indo para as fases do Teste de Aptidão Física e Psicotécino. De acordo com Gilberto dos Santos, representante da comissão, 252 candidatos estão aptos para essas etapas – o edital foi lançado com 157 vagas (149 para ampla concorrência e 8 para candidatos com deficiência) – e, provavelmente, poucos deles serão reprovados.
“Nós acreditamos que a taxa de reprovação será mínima, ou seja, teremos mais pessoas habilitadas do que o número de vagas. Por isso, estamos nos mobilizando para que o edital seja retificado e todos os que passarem daquelas duas fases possam fazer o curso”, explica.
Se não houver essa correção, ainda segundo Gilberto, os remanescentes não ficarão nem mesmo dentro de um cadastro reserva. E diante do déficit no efetivo que a Polícia Civil do Distrito Federal, logo será necessário um novo concurso – gerando mais custos ao Poder Público.
É também com base nesse argumento que a comissão reivindica celeridade nas nomeações. O temor do grupo é que aconteça com eles o mesmo que ocorre com os aprovados no último concurso para agente e escrivão, ocorrido em 2013, do qual ainda há 425 já aprovados aguardando a convocação.
“Estamos buscando apoio e já conseguimos reuniões com deputados distritais, além de estarmos alinhados com o Sinpol-DF e com a Asbrapp”, revela Gilberto.
Assim como os demais cargos da PCDF, o de papiloscopista policial tem sofrido uma redução significativa com o número de aposentadorias. Em 2015, mais de 40 servidores se aposentaram e para 2016, mais 60 devem seguir o mesmo caminho.
O trabalho na PCDF já vem sendo impactado drasticamente: na 1ª DP, onde funciona um Posto de Identificação, há apenas três papiloscopistas para atender a uma demanda de 70 pessoas por dia.